Depois da morte de mãe e filha, de 84 e 64 anos, a prefeitura de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), resolveu tomar uma medida extrema, o lockdown. O objetivo é evitar que o novo coronavírus se espalhe pela cidade, por isso o prefeito suspendeu as atividades nas Unidades Específica do Capivari (Barragem), no Ribeirão Grande e no Jaguatirica.

De acordo com a prefeitura do município, ambas as mulheres tiveram complicações provocadas pela Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Com isso, o prefeito Bihl Elerian Zanetti determinou, através de um decreto publicado nesta quarta-feira (13), o lockdown, que consiste em fechar tudo que não for atividade essencial.

Saiba como vai funcionar o lockdown em Campina Grande do Sul

A princípio, vale o toque de recolher por 15 dias, devendo ser seguido já nesta quinta-feira (14), e com a possibilidade de ser prorrogado, de acordo com a situação da cidade ao longo dos dias.

Segundo o decreto, fica proibida a circulação de pessoas, exceto por motivo de força maior, justificada nos seguintes casos:

– Compra de alimentos, medicamentos, produtos médico-hospitalares, produtos de limpeza e higiene pessoal;

– Comparecimento, próprio ou de outra pessoa, na condição de acompanhante, a consultas ou realização de exames médico-hospitalares, nos casos de problemas de saúde inadiáveis;

– Realização de operações de saque e depósito de numerário;

– Realização de trabalho, caso não tenha sido dispensado.

Segundo o decreto da prefeitura, nos casos de circulação de pessoas é obrigatório o uso de máscara e a circulação de, no máximo, dois membros por família, apenas quando necessário.

Pessoas que estiverem com os sintomas do novo coronavírus (febre, tosse, falta de ar, dor no corpo), devem sair de casa somente para irem ao médico. Ainda conforme o decreto, a circulação de pessoas nos casos permitidos deverá ser devidamente comprovada, inclusive com a apresentação de documento oficial com foto.

Atividades essenciais continuam funcionando em Campina Grande do Sul

No período de 15 dias, estão autorizados a funcionar, única e exclusivamente, os estabelecimentos considerados essenciais. São eles: mercados e similares em sentido estrito, agropecuárias, farmácias, serviço funerário, transporte coletivo de passageiros (incluindo serviços de táxi e de aplicativo), distribuidoras de gás, e panificadora.

Também entraram como atividades essenciais os postos de gasolina. A prefeitura de Campina Grande do Sul também considerou que não podem parar os comércios de serviços essenciais que estão às margens da BR-116, a rodovia Régis Bittencourt.

Apesar de autorizados a funcionar, os estabelecimentos considerados essenciais devem seguir várias restrições, de higiene e cuidados com relação à saúde de funcionários, mas também com os clientes. Deve ser controlada a entrada de pessoas, limitando a um membro da família por vez e respeitando a lotação máxima de 50% da capacidade do estabelecimento.

Quem não seguir o lockdown pode se complicar

Segundo a prefeitura, a Guarda Municipal, a Defesa Civil e a Vigilância Sanitária estão autorizadas a empregar todos os meios necessários para fazer cumprir o decreto de lockdown. Em caso de descumprimento, os órgãos podem, inclusive, pedir apoio das autoridades competentes.

Na constatação do descumprimento, as pessoas podem ter que pagar multa e responder de forma penal. Aos comerciantes, também está prevista a interdição total das atividades e até cassação do alvará.

13 maio 2020, às 00h00. Atualizado em: 1 jul 2020 às 14h45.
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