BRUXELAS (Reuters) – Líderes da União Europeia pediram nesta quinta-feira uma investigação irrestrita sobre a origem da pandemia de Covid-19, identificada primeiramente no centro da China, em meio a críticas a um inquérito inicial da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Feito em janeiro e fevereiro, o estudo da OMS foi “insuficiente e inconclusivo”, disse a missão dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra em um comunicado no mês passado, pedindo que o que chamou de um segundo inquérito em momento oportuno, transparente e baseado em indícios seja realizado, inclusive na China.
“Investigadores precisam de acesso completo ao que for necessário para realmente encontrar a fonte desta pandemia”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em uma coletiva de imprensa em Bruxelas.
O chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, disse: “O mundo tem o direito de saber exatamente o que aconteceu para poder aprender as lições”, acrescentando que a UE apoia todos os esforços.
Um esboço de texto a ser aprovado em uma cúpula UE-EUA na semana que vem diz: “Pedimos progresso em um estudo de estágio intermediário transparente, baseado em indícios, liderado por especialistas e solicitado pela OMS sobre a origem da Covid-19 que seja livre de interferências”.
Em maio, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que agências de inteligência de seu país estão investigando teorias que podem incluir a possibilidade de um acidente em um laboratório da China.
O relatório da OMS disse que o vírus provavelmente foi transmitido de morcegos a humanos através de outro animal e que “a introdução através de um acidente de laboratório foi considerada uma rota extremamente improvável”.
(Por Francesco Guarascio)
((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447759)) REUTERS ES
10 jun 2021, às 10h38. Atualizado às 10h41.