(Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro recebeu aplausos e também gritos contrários vindos de populares ao chegar para missa no santuário da cidade de Aparecida, em São Paulo, nesta terça-feira (12), mesmo dia em que, pouco antes, o arcebispo dom Orlando Brandes defendia uma pátria sem armas.

O presidente chegou ao local no início da tarde, participou da missa e fez uma leitura durante a cerimônia religiosa no Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

Houve quem gritasse, na parte externa da Basílica, “fora, Bolsonaro”, assim como também foi possível ouvir “mito”, como aliados costumam se referir ao presidente.

Em sermão antes da missa em que Bolsonaro esteve presente, o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes defendeu que seja construída uma pátria sem armas, ódio ou notícias falsas.

“Porque hoje é o Dia da Criança. Vamos abraçar nossos pobres e abraçamos também nossas autoridades para que, juntos, construamos então um Brasil ‘Pátria Amada’. E para ser pátria amada, não pode ser pátria armada“, disse o arcebispo, sem fazer qualquer referência direta ao presidente. O país também celebra nesta data o Dia da Criança.

“Para ser pátria amada, seja uma pátria sem ódio. Para ser pátria amada, uma pátria, uma República sem mentira e fake news. Pátria amada sem corrupção. E pátria amada com fraternidade. ‘fratelli tutti’, todos irmãos, construindo a grande família brasileira”, defendeu Brandes.

“Pátria Amada Brasil” é o slogan oficial da gestão de Jair Bolsonaro, que tem, como uma de suas bandeiras desde a campanha à Presidência da República, a flexibilização ao acesso e porte de armas.

(Reportagem de Leonardo Benassatto, em Aparecida, e Maria Carolina Marcello, em Brasília)

12 out 2021, às 19h50. Atualizado às 22h24.

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