O principal suspeito pela morte do empresário Sérgio de Abreu, que aconteceu dentro de uma prostíbulo de luxo em Curitiba, negou o crime em interrogatório da sede da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com Edson Diniz, no dia 8 de outubro de 2018, ele dormiu no estabelecimento, que era dono, e foi acordado por homens envolvidos no crime.
Poucos dias depois da morte, Edson abandonou o veículo da vítima em uma rua do bairro Hauer, na capital paranaense e depois não foi mais visto. No final de abril deste ano, aproximadamente 18 meses depois, o principal suspeito foi preso em Santa Catarina após se envolver em um acidente de trânsito, ameaçar a companheira e apresentar documentação falsa para os policiais.
Suspeito presta depoimento
Em depoimento prestado ao delegado Tito Barichello, da DHPP, Edson Diniz, de 35 anos, negou que seja o autor do crime. O dono do prostíbulo revelou que no dia que tudo aconteceu ele liberou a churrasqueira para a vítima conversar com outras duas pessoas.
“Eu fui acordado sendo espancado e apanhei um tempo até eu chegar a ficar desorientado. Quando eu acordei, eu vi que já era dia, nao lembro o horário. Passou um tempo, entrou mais um rapaz no meu quarto e entregou uma chave. Assim que eu vi que era a chave do carro do Sergio eu perguntei por ele, e ele disse que estava bem e não era para eu me meter, e seguir minha vida normalmente que eu iria ser vigiado o tempo todo”, revelou Edson Diniz.
O principal suspeito negou durante todo o interrogatório a possibilidade dele ser o responsável pela morte de Sérgio de Abreu, que foi encontrado em uma estrada rural de Almirante Tamandaré com 70 facadas.
“Ele pra mim foi uma pessoa boa porque na hora que eu mais precisei, ele me ajudou, a respeito das ameaças que eu estava levando. Nunca ninguém pode falar nada entre a minha amizade com ele, em nenhum momento a gente discutiu, em nenhum momento a gente brigou nada”, reforçou Edson.
Ainda segundo o suspeito, os nomes dos envolvidos na morte do empresário foram entregues ao delegado. “Como eu expliquei para o delegado no meu depoimento, foram os irmãos polaco, que estavam com ele na churrasqueira”, contou. Os advogados de Edson também disseram que aguardam que a investigação contra o homem seja encerrada o mais breve possível.
“Estelionatário, Mentiroso e Falsário”, declara delegado
Após o depoimento do suspeito, o delegado Tito comentou a investigação do caso. De acordo com o responsável da DHPP, o homem segue sendo o principal suspeito pelo crime e agora tenta encontrar outro culpado. Tito reforçou que após ser preso em Joinville, ele apresentou um documento falso, o que reforça as características dele.
“Ele mente. Mente o tempo inteiro, mentiu no interrogatório, e é o autor do homicídio, não há dúvida”, declarou Tito.
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