(Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro deve ser operado nas próximas semanas para retirada de um cálculo na bexiga que vem causando um ligeiro incômodo, afirmou nesta terça-feira à Reuters o médico Antônio Macedo, responsável pelas últimas cirurgias do presidente.

A operação deve ocorrer em São Paulo e será conduzida por um médico urologista especialista nesse tipo de intervenção, de acordo com Macedo. Segundo ele, exames realizados pelo presidente constataram o cálculo.

“O presidente tem um cálculo na bexiga e isso incomoda por que é um corpo estranho que se mexe“, disse o médico.

O próprio Bolsonaro já havia afirmado, no mês passado, que seria submetido a uma cirurgia para retirada do cálculo na bexiga. Segundo ele, a pedra está lá há mais de cinco anos e seria maior que o tamanho de um grão de feijão.

Em 2018, no meio das eleições presidenciais, Bolsonaro, então candidato a presidente, foi alvo de um atentado a faca e teve de passar por uma cirurgia de emergência. Posteriormente o presidente foi operado outras vezes devido a consequências da facada.

“A cirurgia não tem nada a ver com a facada, é algo paralelo que pode acontecer com qualquer pessoa“, disse Macedo.

Bolsonaro, de 65 anos, foi operado quatro vezes após o ataque, primeiro de emergência em Juiz de Fora (MG), onde ocorreu o atentado. Depois foram intervenções realizadas em São Paulo, para desobstrução intestinal, retirada de uma colostomia e correção de uma hérnia. Macedo realizou as três cirurgias na capital paulista.

A cirurgia para retirada de um cálculo é considerada simples, mas o fato de o presidente ter passado por outros procedimentos desde 2018 torna o processo um pouco mais complicado.

A barriga dele é muito difícil de abrir, soltar intestino e outros órgãos por conta das inúmeras cirurgias… É algo simples que fica um pouco mais delicado pelo histórico, mas ele fez um check up conosco mês passado e a saúde dele está perfeita”, afirmou Macedo.

O período pós-cirúrgico também é considerado simples pelo médico, mas deve exigir um repouso de até cinco dias por parte do presidente.

“Vai precisar de um certo resguardo e depois toca a vida. Não dá para ter muitas reuniões e fazer movimentações e deslocamentos. Não precisa ficar de cama, mas não poderá fazer esforço”, afirmou.

(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)

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20 set 2020, às 12h40. Atualizado às 13h11.

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