Tempo seco impulsiona rali do trigo e soja em Chicago

Por Mark Weinraub

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do trigo e soja negociados em Chicago saltaram para máximas de vários anos nesta quinta-feira, apoiados por preocupações com o tempo seco em importantes áreas de produção, disseram operadores.

Os futuros do milho avançaram para o maior nível em oito meses e meio, acompanhando o rali abrangente nos mercados de grãos, depois de a velocidade da colheita do cereal nos Estados Unidos ficar abaixo das expectativas, apesar do clima quase perfeito para os trabalhos de campo.

As três commodities, porém, terminaram o dia distantes das máximas da sessão, com operadores realizando alguns lucros após o rali.

As condições de seca na América do Sul podem impulsionar a já robusta demanda pelos produtos norte-americanos no início do próximo ano, uma vez que os agricultores do Brasil têm enfrentado dificuldades de plantio.

“Atraso no plantio significa atraso na colheita, o que atrasa o início da temporada de exportações do Brasil”, disse Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX, em nota a clientes.

“As primeiras cargas de soja costumam chegar aos portos para embarque à China em janeiro, mas isso pode acabar sendo adiado por um mês, ampliando a temporada de exportação dos EUA.”

O contrato novembro da soja fechou em alta de 22,50 centavos de dólares, a 10,44 dólares por bushel, depois de atingir máxima de 10,5375 dólares na sessão –maior nível para o vencimento mais ativo desde 3 de maio de 2018, em gráfico contínuo.

O trigo para dezembro avançou 8,50 centavos, para 5,9275 dólares/bushel. O contrato mais ativo teve máxima de 6,0175 dólares, mais alto nível desde 30 de junho de 2015.

O vencimento dezembro do milho apurou ganho de 5,50 centavos, a 3,85 dólares o bushel, com o contrato mais ativo atingindo o maior nível desde 24 de janeiro.

Na véspera, a consultoria AgRural afirmou à Reuters que o plantio de soja deverá avançar pouco nos próximos dias diante da escassez de chuvas, ampliando um atraso que afetará a oferta da oleaginosa em janeiro, quando normalmente já há colheitas mais volumosas da nova temporada.

(Por Mark Weinraub, em Chicago; reportagem adicional de Gus Trompiz, em Paris, e Naveen Thukral, em Cingapura)

6 out 2020, às 18h33. Atualizado às 18h35.

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