por Redação RIC.com.br
com informações da AEN, com supervisão de Daniela Borsuk

O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater (IDR-PR) e o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), alertam que há previsão da chegada de uma forte massa de ar polar que deve provocar frio intenso em todo o Estado, entre esta terça-feira (27) e o domingo (1º). Estão previstas geadas nas madrugadas de quarta-feira (28), quinta-feira (29) e sexta-feira (30), principalmente nas regiões Sudoeste, Sul, Central e Campos Gerais do Paraná.

As temperaturas baixas poderão causar impactos negativos em culturas como hortaliças, tomate, milho, café, pastagem e frutíferas tropicais, entre outras. Para reduzir os efeitos das geadas, alguns cuidados podem ser adotados pelos agricultores.

Recomendações

  • Olericultura: Umas das culturas mais sensíveis às geadas, as folhagens precisam de muita proteção nos dias mais frios. De acordo com Paulo Hidalgo, coordenador estadual de Olericultura do IDR-Paraná, algumas ações podem ajudar: cultivo protegido, que consiste em fechar o entorno das estufas; suspender a irrigação alguns dias antes, para evitar a formação de gelos nas folhas; aquecer as estufas usando o carvão e monitorar este aquecimento durante toda a noite e madrugada. Em campo aberto, é preciso cobrir os canteiros de folhagem com TNT e fazer o aquecimento com fumaça. Outra prática que pode contribuir para proteção de olericultura em campo aberto é a pulverização folear com sal, sistema que, se aplicado com antecedência, pode diminuir o ponto de congelamento das folhas.
  • Café: A recomendação para os plantios novos de café, com até seis meses de campo, é enterrar as mudas. Viveiros devem ser protegidos com várias camadas de cobertura plástica ou aquecimento, com a opção de utilizar as duas práticas simultaneamente. Nos dois casos, lavouras novas e viveiros, a proteção deve ser retirada logo que a massa de ar frio se afaste e cesse o risco imediato de geada. Nas lavouras com idade entre seis meses e dois anos, a recomendação aos produtores é amontoar terra no tronco das plantas até o primeiro par de folhas. Essa proteção deve ser mantida até meados de setembro, e depois retirada com as mãos.
  • Milho: Segundo coordenador de Grãos do IDR-Paraná, Edivan Possamai, a proteção não é viável no caso do milho por tratar-se de uma cultura de verão. A dica é que o agricultor mantenha sempre sua lavoura assegurada e que verifique o zoneamento de risco climático, para que o plantio seja feito na época certa e, assim, não corra o risco de perder o seguro.
  • Gado: Na pecuária de corte um dos principais problemas está na falta de pasto para alimentar os animais. A coordenadora de Pecuária de Corte do IDR-Paraná, Kátia Gobbi, informa que na região Norte e Noroeste, por exemplo, os pastos já acabaram por causa das secas e, também, das geadas. A opção seria a suplementação com volumosos conservados (silagem, feno) e concentrada (milho, farelo de soja, etc). Mas o produtor precisa se organizar com antecedência, e é fundamental calcular a viabilidade econômica do sistema produtivo, já que são ações com maior custo em relação ao pasto. Nas regiões mais frias do Estado há, também, a opção das gramíneas de inverno, mais tolerantes ao frio.
  • Frutas: O coordenador de Fruticultura do IDR-Paraná, Eduardo Augustinho, explica que nas plantações de frutas os cuidados podem ser evitar o uso de Dormex, utilizar fumaça para aquecimento, a irrigação e manter as áreas limpas.

27 jul 2021, às 11h43. Atualizado às 14h56.

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