O policial federal Ronaldo Massuia Silva, que atirou contra várias pessoas num posto de combustíveis em Curitiba, virou réu em ação penal por homicídio triplamente qualificado e por sete tentativas de homicídio. A juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, da Primeira Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, analisou a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) e mandou prosseguir a ação penal.

No mesmo despacho, a juíza ainda manteve a prisão preventiva de Ronaldo, decretada anteriormente. Ele permanece recolhido no Complexo Médico Penal em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Além de matar o fotógrafo André Muniz Fritoli, Ronaldo feriu outras três pessoas e mirou, mas não acertou, contra outras quatro. Mesmo que estas quatro pessoas não tenham sido baleadas, a Justiça e o MPPR entenderam que, mesmo assim, tratou-se de tentativa de homicídio, pois o policial federal teve a intenção de matá-las, só não acertou os tiros.

A denúncia já havia sido recebida pela juíza na semana passada, que não se manifestou da denúncia do MPPR porque havia algumas questões técnicas a serem ajustadas no texto. Uma delas é que, na denúncia, havia a acusação de peculato, já que Ronaldo usava uma viatura descaracterizada da Polícia Federal de forma particular no momento do crime. Ele teria usado o carro, inclusive, para ir a uma balada, de onde foi expulso, antes dos tiros no posto. Por se tratar de bem público federal, que ele tomou de forma irregular, o crime deve ser processodo pela Justiça Federal e foi desmembrado da ação penal estadual que analisa o homicídio e os atentados.

O escritório do advogado Elias Mattar Assad atuará como assistente de acusação do caso, junto à família de André. Já o agente federal está sendo defendido por três bancas de advogados de Curtiba. Entre elas, o escritório do advogado Nilton Ribeiro, que espera reverter a situação para o policial.

24 maio 2022, às 21h42. Atualizado às 21h43.
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