O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes intimou nesta quarta-feira (22) a defesa do caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, a prestar esclarecimentos sobre um vídeo publicado em rede social sobre uma possível paralisação dos caminhoneiros.

Zé Trovão é investigado no inquérito do STF que apura a convocação de atos antidemocráticos contra o Corte e o Congresso, em setembro do ano passado. Ele chegou a ficar preso depois de dois meses foragido, mas foi libertado com monitoramento por tornozeleira eletrônica para poder circular em Santa Catarina. Ele tem restrições para usar redes sociais.

O vídeo, de 1 minuto e 43 segundos, foi publicado no domingo (19), no perfil de Zé do Trovão no Twitter. Na publicação, ele diz que está colocando a liberdade em risco por ter um compromisso com “os irmãos de estrada”. Ele defende o presidente Jair Bolsonaro (PL) e diz que a Petrobras tenta um golpe.

No vídeo, Zé Trovão também pediu para que os caminhoneiros não parassem na segunda-feira (20) e aguardassem os desdobramentos até a segunda-feira (27). Segundo ele, a categoria pede redução de 25% no valor do diesel e 15% na gasolina e no etanol.

De acordo com o advogado do caminhoneiro, Elias Mattar Assad, a defesa informou ao ministro que “embora possa parecer uma violação, subjetivamente agiu por uma causa nobre acalmando os ânimos da classe dos caminhoneiros”.

“Em momento algum foi desrespeitoso com quaisquer poderes, em especial o Judiciário, posto que tem cumprido com todas as restrições impostas – tendo agido desta vez unicamente pelo interesse público de estancar uma greve que teria repercussões sociais graves”, disse o advogado.

Em setembro de 2021, o caminhoneiro publicou um vídeo em suas redes sociais em que pedia o fechamento total das estradas. Ele foi um dos organizadores das manifestações do 7 de Setembro.

22 jun 2022, às 15h25. Atualizado às 15h38.
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