Roneys Fon Firmino Gomes, de 47 anos, conhecido como Maníaco da Torre, passará por mais três júris populares entre esta terça-feira (24) e o dia 9 de junho. Tratado pela Polícia Civil como um dos maiores assassinos em série do Estado, ele já foi condenado pelas mortes de duas mulheres em Maringá, no noroeste do Paraná.

Em março de 2019, o serial killer – que tinha preferência por prostitutas – foi condenado a 21 anos e quatro meses de prisão pela morte de Ednalva José da Paz, em 2010. Em dezembro de 2019, o maníaco teve mais uma condenação de 23 anos e quatro meses de prisão pela morte de Silmara Aparecida de Melo, em 2012.

Ele foi preso em 2015 e, à época, confessou os crimes. Em juízo, ele tem negado as autorias. Ao todo, Gomes é formalmente acusado de seis homicídios, mas a polícia diz acreditar que tenham sido pelo menos 13 vítimas.

Júris marcados do Maníaco da Torre:

  • 24 de maio – será julgado, às 8h30, pela morte de um cadáver feminino não identificado, encontrado em Maringá. A vítima morreu por esganadura e foi deixada em uma plantação de milho, próxima a torres de transmissão de energia elétrica. O corpo e o local guardam características dos crimes cometidos pelo assassino em série;
  • 1º de junho – será julgado pela morte de Roseli Maria de Souza. Neste caso, o acusado disse em depoimento que abordou a vítima, que era garota de programa, perguntando se aceitaria fazer sexo. Ela foi morta por asfixia e deixada nua perto de torres de transmissão na Estrada da Roseira, em Maringá;
  • 9 de junho – será julgado pela morte de Mara Josiane, que foi a última vítima do maníaco antes de ser preso, em 2015. O corpo da mulher, que tinha 36 anos, também foi encontrado na área rural de Maringá. Em júri popular, o réu vai responder pela ocultação do cadáver e pelo homicídio com quatro qualificadoras: motivo torpe, por asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.

Na investigação da morte de Mara Josiane, a polícia encontrou o pedaço de um para-choque azul. Após verificar imagens de câmeras de segurança e de radares, os policiais chegaram a um veículo que poderia ser o do criminoso – uma BMW antiga.

Segundo as investigações, o carro do acusado estava danificado e o pedaço encontrado se encaixou na parte estragada do veículo. Ele acabou ultrapassando o limite de velocidade indo para o local onde deixou o corpo, na noite em que ela foi morta. O Maníaco da Torre morava na Vila Operária, em Maringá.

Quando foi preso, o maníaco contou à polícia que, depois de matar as mulheres, cruzava as mãos das vítimas em cima do corpo nu e rezava pedindo perdão. Ele também chegou a dizer que tinha ódio de prostitutas. A investigação apontou também que a mãe dele era prostituta e foi assassinada.

A reportagem tenta contato com a defesa de Roneys Fon Firmino Gomes.

24 maio 2022, às 06h00. Atualizado em: 23 maio 2022 às 18h49.
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