por Giselle Ulbrich
com informações do MPPR

Vagner Novaes Vieira foi condenado a 27 anos de prisão, em júri popular, por matar a tiros a ex-mulher, Patrícia Carla de Oliveira. O crime ocorreu no dia 1.º de abril de 2021 em Guaíra, no oeste do Paraná.

O acusado respondeu por homicídio quadruplamente qualificado (feminicídio, motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima). Um dos motivos que aumentou a pena dele foi a constante violação de medida protetiva que a mulher tinha contra ele.

Dias antes do crime, inclusive, o réu compareceu espontaneamente ao Fórum local, ocasião em que foi notificado de uma medida protetiva de urgência que a vítima havia solicitado contra ele, proibindo-o de se aproximar a uma distância inferior a 300 metros e de manter contato com a ofendida por qualquer meio. Patrícia tinha registrado um boletim de ocorrência contra ele, por causa de um episódio de violência doméstica.

Mesmo ciente da proibição, o denunciado foi ao local de trabalho de Patrícia, uma fábrica de bolsas, disse que ela “não deveria ter feito aquilo” (pedido medida protetiva) e atirou contra ela, usando uma pistola calibre 9 milímetros que ele tinha. Mesmo com a mulher já caída e imóvel no chão, Vagner deu mais tiros nela. Diversos colegas de trabalho de Patrícia presenciaram parcialmente o crime, pois foram ordenados por Vagner que saíssem da sala de costura antes dos tiros.

Depois dos tiros, o homem fugiu e passou uns dias escondido numa pedreira da cidade, até ser pego. Preso desde então, o réu confesso teve a prisão mantida e não poderá recorrer da sentença em liberdade.

Vítima e réu foram casados por 17 anos, moraram em Cafelândia e tiveram dois filhos. Mas Patrícia pediu a separação e mudou-se para Guaíra, onde o crime aconteceu.

5 maio 2022, às 22h15. Atualizado às 22h20.
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