por Guilherme Becker
com informações de Daniela Borsuk

Seis anos após os crimes que tiraram a vida do prefeito de Piên, Loir Dreveck, e do técnico de segurança, Genésio Almeida, o júri popular de quatro réus terá início às 8h30, desta terça-feira (21). O julgamento será realizado no fórum de Rio Negro e a expectativa é de que seja o mais longo do ano no Paraná, já que conta com mais de 25 testemunhas, duas vítimas e quatro réus.

Desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (21), o movimento no fórum de Rio Negro é intenso. Por volta das 8h20, os representantes das defesas dos réus já estavam em frente ao prédio. Amigos e familiares das vítimas penduraram faixas nas grades do local e fizeram um ato pedindo por justiça.

(Foto: Nilson Machado/ RICtv)

Sentam no banco dos réus Gilberto Dranka, o ex-prefeito de Piên – que foi prefeito por dois mandatos, de 2009 a 2012 e de 2012 a 2016 -, o presidente da Câmara Municipal de Piên na época, Leonides Maahs, o mecânico Orvandir Pedrini e Amilton Padilha. Gilberto e Leonides são apontados como mandantes do crime. Conforme as investigações, Amilton é suspeito de ser o atirador que matou Dreveck e Orvandir é suspeito de ser o intermediário. (Clique e veja o que dizem as defesas dos acusados).

Genésio Almeida e Loir Dreveck (Fotos: Redes Sociais/ Arquivo pessoal)

Relembre o crime – Caso Piên

Genésio Almeida, que era técnico em segurança, foi executado a tiros dentro do carro no dia 6 de dezembro de 2016. O homem transitava pela PR-420, com destino a São Bento do Sul, em Santa Catarina, quando foi baleado na cabeça nas proximidades do trevo de Trigolândia. Segundo a polícia, Genésio foi morto por engano, ao ser confundido com o prefeito Loir.

Dias depois, no dia 14 de dezembro de 2016, na mesma rodovia, o prefeito recém-eleito de Piên ia para Santa Catarina com as duas filhas e um motorista, quando um suspeito de moto emparelhou com o veículo ocupado pela vítima e fez os disparos. Loir foi atingido na cabeça, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital, em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, três dias depois.

Em 31 de janeiro, o ex-prefeito Gilberto Dranka foi preso em uma operação do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Dranka ainda tentou se esconder no forro da casa durante a abordagem, mas foi localizado e preso. As investigações apontaram o envolvimento de Leonides Maahs, ex-presidente da Câmara Municipal de Piên, do mecânico Orvandir Pedrini, e de Amilton Padilha no crime.

21 jun 2022, às 07h23. Atualizado às 08h43.
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