Fala, Marc!

por Marc Sousa

Em entrevista à Jovem Pan News Curitiba, o presidente da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Cláudio Stabile, diz que a empresa “está preparada” para o novo marco do saneamento, que determina que contratos sem concessão não poderão mais existir.

Stábile conta que desde que entrou para a Sanepar, há dois anos, começou a participar de reuniões em Brasília sobre o assunto.

“A cada viagem eu trazia para o nosso corpo técnico que começassem a trabalhar, dizia o seguinte: ‘não tem volta, isso vai acontecer’ [sobre o marco do saneamento]. É um momento totalmente diferente e preparamos nossos profissionais para entender esse novo modelo. Porque você tinha, de certa forma, uma zona de conforto. Mas, particularmente, eu vejo isso com muitos bons olhos”,

declarou.

Para Stábile, a mudança deve trazer mais eficiência para a companhia.

“Eu digo com tranquilidade: nós temos bastante a fazer ainda. Somos uma das melhores companhias de saneamento do mundo. Não é do Brasil, é do mundo. Mas nós podemos avançar ainda mais.”

O presidente falou, também, sobre o combate à crise hídrica no Paraná. Segundo ele, a crise foi um “caso excepcional, assim como a pandemia”.

“Nós temos funcionários que nunca viram isso, e estão lá há mais de 40 anos. Então ainda que se falasse em uma possível crise de efeitos de mudança climática, estava muito longe disso”.

destacou Stábile.

Conforme o presidente, os reflexos da crise começaram a aparecer no final de 2019, mas o ano de 2020 foi “dramático”. Ele ainda comenta sobre o programa Meta20, que estabeleceu a meta de redução de 20% no consumo de água na Região Metropolitana de Curitiba. Stábile afirma que o programa foi “muito bem recebido pela população”.

“Ontem eu conversava com o pessoal do Banco Mundial por videoconferência, e eles me fizeram duas perguntas: o que me tira o sono e o que me dá orgulho na Companhia. […] Meu orgulho maior foi o engajamento da população ao chamamento que nós fizemos ao Meta20. Porque hoje, ainda, em torno de 15% da população continua economizando. Isso é uma mudança cultural”,

comemorou o presidente da Sanepar.

Perguntado sobre as obras da represa do Miringuava, em São José dos Pinhais, o presidente respondeu que a companhia precisou romper com a empreiteira que estava executando a obra. Além disso, ele ressaltou que o local não é ideal para construir uma barragem, devido à grande quantidade de chuvas e umidade. Mas, para o presidente: “Se Miringuava estivesse pronta, o que era o ideal, mesmo assim nós não teríamos nenhum fôlego no tocante à estiagem”.

11 maio 2022, às 19h58.

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