A nova balsa colocada em funcionamento em outubro, na travessia de Guaratuba, encalhou e ficou à deriva na última quinta-feira (09). Os veículos e passageiros ficaram pelo menos uma hora aguardando reboque, enquanto uma fila quilométrica se formou em terra firme, à espera de embarque. Os problemas, que ocorrem desde o início do ano, preocupam com a chegada da temporada, quando aumenta o fluxo de usuários na balsa.

Conforme relatos, a balsa não conseguia atracar, foi levada pela maré e só parou depois de bater num banco de areia. A empresa responsável pela balsa, a BR Travessias, informou que isto ocorreu por causa dos ventos fortes. Foi necessário acionar outra balsa, a Nhundiaquara, para fazer o reboque. Não foi necessário transbordo dos veículos, já que a Vitória conseguiu atracar com a ajuda da outra balsa.

“Falta de respeito”

O prefeito de Guaratuba, Roberto Justus, disse numa entrevista á Rádio Banda B, na sexta-feira (10), que:

Chegamos no limite da total falta de respeito, absoluto descaso com as pessoas que precisam da travessia para trabalhar ou para ter acesso a algum serviço de saúde. Enfim, nossa rotina está impactada negativamente pela péssima qualidade do serviço prestado por essa empresa”,

disse Justus.

Este não é o primeiro problema enfrentado pelos usuários do ferry boat. Desde abril, quando a nova concessionária assumiu a travessia marítica entre Matinhos e Guaratuba, muitos problemas tem sido relatados, como filas muito grandes para acessar o ferry, demora para embarcar, falhas mecânicas, além de outros relatos de balsas à deriva e sob risco de afundar.

Na entrevista à rádio, o prefeito informou que não tem mais o que fazer, já que a concessão é do governo estadual. Como prefeitura, Justus fez o que estava em seu alcance, como emitir alvará, notificar irregularidades, cobrar melhoria do serviços, etc. O prefeito disse ainda que esteve com o secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, cobrando providências em relação ao problema. Alex teria prometido anunciar novidades nos próximos dias.

Veja a nota oficial da empresa BR Travessias, sobre o ocorrido:

“A BR Travessias Ltda informa que às 15h desta quinta-feira (9/12), devido às condições do tempo, com registro de ventos fortes, e ao fato de uma das pontes de acesso aos flutuantes ainda se encontrar em obras, o piloto da balsa de nome Vitória encontrou dificuldade em atracar para o desembarque de veículos e passageiros.

A concessionária explica ainda que, mesmo tentando refazer a manobra, o piloto acionou a empresa e solicitou apoio de uma das embarcações disponíveis. A gerência operacional orientou o piloto a aguardar e enviou o ferry boat Nhundiaquara para o suporte.

A empresa esclarece ainda a Vitória voltou a navegar sem que fosse necessário reboque. Durante toda a manobra, até o atraque, o Nhundiaquara, vazio, permaneceu navegando a uma distância segura, porém razoável para, se necessário, auxiliar a balsa na aproximação do atracadouro.

Toda a operação ocorreu em segurança, perfeitamente orientada pelo operacional da empresa. Não houve operação de transbordo. A Vitória atracou e os veículos desembarcaram sem qualquer dano.

BR Travessias reitera a informação de que as obras na ponte (trapiche), que têm previsão de conclusão em cerca de oito dias, além do movimento das marés, estão por trás desses contratempos que envolvem a dificuldade no atraque da balsa (de maior porte) o que leva o piloto a refazer a manobra.

A concessionária reconhece que houve um tempo maior de espera (cerca de 1h40) e, consequentemente fila, na margem Matinhos/Caiobá.

11 dez 2021, às 10h57.
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