por Aline Cristina
Cidade Alerta Oeste

 O Programa Cidade Alerta Oeste foi atrás de obras públicas que estão paradas na nossa região. A primeira matéria da série, Raio X do descaso, produzida pela RICtv mostra as obras que “foram esquecidas” em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado. 

Na cidade da Fronteira, o Tribunal de Contas diz que são 61 paralisações, já o município alega que este número está desatualizado e que a lista é menor. Muitos prédios públicos que deveriam estar sendo utilizados pela população, estão esquecidos.

Um deles está na entrada da cidade, às margens da BR-277, uma obra abandonada chama bastante atenção.  No local deveria funcionar um posto aduaneiro. O prédio está em uma área de 330 mil metros quadrados e foi projetado para fiscalizar veículos que saem da região de fronteira com produtos do Paraguai.

A estrutura começou a ser levantada em 1996 e é um prédio bem grande com cinco pisos. No entanto, a estrutura apresenta alguns problemas, e serve atualmente apenas como abrigo para pessoas em situação de rua.

Em nota, a prefeitura de Foz do Iguaçu diz apenas que não existe previsão para que a obra seja retomada, e concluiu que há ideias para que o espaço seja utilizado por empresas do setor privado.  

Paradas

Segundo o tribunal de contas do estado, há 61 obras paralisadas em Foz do Iguaçu, entre elas reformas de prédios públicos, pavimentação de vias e construção de conjuntos habitacionais. 

A responsabilidade dessas obras está dividida entre dois departamentos do município, a própria secretaria de obras com 35 demandas e o Fozhabita com 26. 

Segundo o secretário Luís Cézar Furlan, conforme levantamento da Secretaria de Obras, entre as 35 demandas, 5 fazem parte da operação pecúlio, uma ação na justiça que investiga irregularidades em licitações realizadas na administração anterior. Sobre os outros 20 serviços, 11 foram finalizados mas não atualizados no TCE, 5 estão na justiça porque tiveram problemas durante a execução e quatro nem foram iniciados.

O Fozhabita tem 17 obras paradas na cidade, segundo o TCE. Elaine Ribeiro, que é diretora responsável, diz que 10 serviços já foram concluídos, mas falta finalizar a documentação. 

Outras 10 obras estão mais de 90 por cento prontas e já cumprem a função social. As seis restantes não foram finalizadas ainda por que houve problemas em repasses de recursos feitos pela Caixa Econômica Federal.

Outra obra da cidade é muito esperada por moradores do bairro Vila Yolanda. debaixo das arquibancadas deste estádio de futebol, funciona uma escola do município

20 anos as crianças estudam em um espaço improvisado, sem uma biblioteca adequada. A quadra de esportes, por exemplo, nunca recebeu uma cobertura.

Segundo a prefeitura, o espaço para a nova sede já foi escolhido e fica a aproximadamente um quilômetro da atual escola, a previsão é que o projeto seja concluído logo e que depois da licitação, as obras possam começar em fevereiro de 2022. O investimento deve ser de cinco milhões de reais.

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19 jan 2022, às 10h03. Atualizado às 22h35.
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