Poliesportiva Campos Gerais

por Sebastião Neto

Faltando menos de duas semanas para a estreia no Campeonato Paranaense 2021, o Operário Ferroviário pega a estrada nesta segunda-feira (15) e vai para sua pré-temporada na cidade de Sorocaba (SP). E enquanto o Fantasma embarca rumo ao CT do Atlético Sorocaba, o torcedor já sonha com o bicampeonato estadual sob a liderança do ídolo Simão e os gols de Ricardo Bueno, artilheiro do time na Série B 2020 e que renovou seu vínculo com o alvinegro até dezembro de 2022.

Justamente por isso, quero falar sobre a importância do atacante de 33 anos para o elenco de Matheus Costa. Durante as últimas cinco temporadas, o clube, mesmo com as taças estaduais e nacionais, não tinha um camisa nove que fosse o dono da posição, que o torcedor confiasse plenamente para colocar a bola no fundo da rede. Mesmo com essa rotatividade, nomes como Schumacher (nunca critiquei!) e Bruno Batata marcaram seu nome na história do clube com gols decisivos em jogos importantes, mas sem a regularidade sonhada por todo mundo.

Mas agora vem a opinião talvez impopular deste colunista: se analisarmos os números, desempenho técnico e qualidade dos ‘camisas nove’ que passaram pelo Fantasma nos últimos anos, coloco Ricardo Bueno como o melhor deles desde Douglas Tanque, que liderou o ataque alvinegro no título do Paranaense em 2015: foram sete gols do prata-da-casa formado no futsal do Clube Verde e orgulho da Vila Santa Maria, que terminou na vice-artilharia do Estadual naquele ano – atrás apenas de Rafhael Lucas, do Coritiba, com 12.

Na última Série B, Ricardo Bueno teve números que nenhum outro centroavante conseguiu desde Douglas: nove gols em 18 partidas (média de 0,5 gol por jogo), além de três assistências na segunda divisão nacional. Mesmo chegando na virada do turno, Bueno conseguiu a sexta colocação geral entre os artilheiros do torneio e se tornou umas lideranças técnicas na arrancada que colocou o Operário como um postulante ao acesso nas rodadas finais.

“Quando o Roger acabou saindo, logo após a minha chegada ao clube, a diretoria abriu a possibilidade da gente buscar um nome para a posição. E quando abriu essa possibilidade do Ricardo Bueno, não tivemos dúvidas”, lembrou o técnico Matheus Costa. “É uma referência para os jogadores que estão chegando, um dos primeiros a chegar aos treinamentos e um dos últimos a sair”, reforçou o comandante alvinegro, que ainda ressaltou a importância da renovação do atleta e a ‘concorrência’ pelo jogador em coletiva realizada na manhã desta segunda.

O futebol é dinâmico e Ricardo Bueno pode não repetir a temporada 2020, até por já ser um atleta de 33 anos e também estar sujeito aos percalços e dificuldades de qualquer jogador profissional. Mas fato é que o Operário Ferroviário tem um camisa nove para chamar de seu e que está pronto para repetir o feito de Douglas e de todo o time de 2015. E que assim seja!

Saudações alvinegras e até a próxima!

15 fev 2021, às 10h12.
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