O inevitável, aconteceu. O Paraná Clube está matematicamente rebaixado à Série D. A confirmação da queda aconteceu na manhã deste sábado (18), com a vitória do São José-RS por 1 a 0 contra o Oeste, na Arena Barueri, pela 17ª rodada do Grupo B da Série C. O resultado acaba com as mínimas chances que o Tricolor ainda tinha de evitar o descenso.

Foi o golpe de misericórdia em uma temporada muito ruim, esportiva mas especialmente, administrativamente falando. A equipe não conseguiu em nenhum momento empolgar.

Decisões erradas a torto e a direito, que culminam com o episódio mais triste dos 32 anos da gloriosa história paranista, marcando o dia 18 de setembro de 2021 como um dia extremamente triste para a torcida do Paraná Clube, que chora o segundo rebaixamento em apenas uma temporada.

Terceira queda em quatro anos

A queda desta temporada foi à terceira em um intervalo de quatro anos. Da Série A, em 2018, para à Série D em 2022, o Paraná Clube repete a triste trajetória de outras equipes tradicionais brasileiras, que foram da glória ao ostracismo, como o Santa Cruz, o Joinville e a Portuguesa, apenas para citar alguns exemplos de equipes que tiveram uma queda meteórica nas divisões nacionais.

O rebaixamento de hoje, entretanto não chega a ser surpreendente. Desde a queda à terceira divisão, em janeiro, a equipe não teve nenhum rumo. Com quatro presidentes em apenas um ano, o Tricolor mão teve nenhuma identidade dentro de campo. Com mais de 40 jogadores no elenco, contratações extremamente duvidosas e uma parceria terceirizada que só trouxe prejuízos. Não teria como dar certo.

O ídolo Maurílio Silva não conseguiu ter sucesso no comando técnico e foi embora pela porta dos fundos, assim como Sílvio Criciúma, que não ganhou nenhuma partida no comando do Paraná Clube, que venceu apenas três partidas em 16 disputadas na Série C e em nenhum momento brigou pelo acesso.

A vitória contra o Criciúma, na 15ª rodada foi apenas o último suspiro de uma equipe que estava em situação irreversível e agora é rebaixada antes de entrar em campo.

Reconstrução necessária

Agora, resta tentar juntas os cacos e dar a volta por cima. A nova diretoria, encabeçada por Rubens Ferreira da Silva, o Rubão, tomou posse na última terça-feira (14), e terá a missão de construir um “novo” Paraná Clube. A começar pela tão combalida parte administrativa.

Não será nada fácil, mas a história mostra que é possível se reerguer, como foi o caso do Fortaleza, que ficou uma década na Série C e hoje é semifinalista da Copa do Brasil e está no G-4 da Série A. Ou, o Juventude, que igualmente foi parar na Série D e hoje está na elite, fazendo boa campanha. Mas, para isso, será necessário muito trabalho. Á torcida Tricolor, meus sentimentos. A dor é a desilusão são grandes, mas o Paraná Clube não morreu.

Para se despedir da Série C, o Tricolor entra em campo logo mais, às 19h, contra o Novorizontino, no Estádio Jorge de Biasi, pela 17ª rodada, e encerra à participação contra o também rebaixado Oeste, no próximo sábado (25), às 17h, na Vila Capanema.

18 set 2021, às 13h03. Atualizado às 13h22.
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