Investimentos e Algo Mais

por Antonio Carlos Gomes Junior

Uma das maiores realizações de qualquer pessoa é consumir. Consumir alimentos, produtos, amizades, alegria, saúde, tempo e amor. Sim, tudo é consumível. Algumas coisas acabam quando consumimos, como uma refeição ou até mesmo um carro que sofre desgastes. Mas coisas como o amor, a amizade, a alegria, acabam se multiplicando, não acha?

Mas hoje abordarei a questão do consumo enquanto item de relacionamento financeiro. Ou seja, gastar para ter e fazer coisas. No mercado, comprando os alimentos, produtos de limpeza, na loja comprando suas roupas, materiais e até quando compra sua bicicleta ou carro. Tudo é viabilizado pela troca do seu dinheiro pelo produto específico. Lembre disso, troca do seu dinheiro.

Diante disso é fundamental entender como você está consumindo. Qual seu padrão de alimentos e em qual mercado você costuma ir, por exemplo vai no mercado mais “gourmetizado” ou no mercado mais simples. Escolhe as marcas considerando seus preços e qualidade ou somente a questão relevância marca e qualidade?

Geralmente quando eu e minha esposa vamos ao mercado todas as semanas, percebemos que gastamos “x” Reais por item comprado, na semana que compramos mais itens de limpeza esse valor sobe um pouco. Porém de uns meses para cá reparamos que o preço médio por item subiu absurdamente. Quase 40%. Achamos estranho e fomos avaliar se mudamos quase que sem perceber algum hábito de consumo. Percebemos sim que algumas marcas mudaram, algumas quantidades e até produtos que habitualmente não usávamos passamos a usar. Mas essas questões não foram o principal fator para o aumento, o maior impacto sem dúvida foi o peso da inflação. Inegavelmente a inflação aumentou, todos os índices oficiais como IPCA e INPC e outros, acusam isso há meses. Mas a inflação nos produtos de mercado parece ser ainda maior.

E nesse caso como posso resolver a questão? Deixar de comer não dá, muito menos mudar meus hábitos de higiene. Então o que nos resta, e foi o que fizemos, é avaliar novamente nosso padrão de consumo. Checando marcas que utilizamos, quantidades para minimizar eventuais desperdícios. Extravagâncias que são feitas e podem ser reduzidas. Óbvio que viver de forma sovina não é a saída, e nem recomendo isso, pelo contrário. Mas é usar aquilo que a vida adulta nos proporciona: poder escolher, ter liberdade para isso, saber priorizar. Orçamento familiar é algo que deve sempre ser revisto. Se deixamos sem controle rapidamente ele vai ficando pesado, carregado, e seu custo aumenta. Criam-se hábitos desnecessários.

Nosso dinheiro, nosso salário, nossa renda, geralmente é algo proveniente e função da troca do nosso tempo por dinheiro. Empregamos sim conhecimentos e esforços, mas mais do que isso, nosso tempo. Então saiba valorizar seu tempo. Consumir de forma saudável é mais do que nunca valorizar sua vida e a vida dos que você ama, pois seu tempo é consumido por isso. Não o gaste em coisas desnecessárias, fúteis. Valorize a sua vida, valorize o seu tempo.    

Isso é a vida.

21 maio 2021, às 20h50.
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