Tite diz que Brasil “correu risco de ficar nervoso” e valoriza “vitória mental”

O Brasil entrou em campo classificado, mas participou de uma verdadeira batalha contra a Colômbia, no Estádio Nilton Santo, nesta quarta-feira.

Entre discussões, entradas duras e confusão com o árbitro, a Seleção Brasileira venceu por 2 a 1, de virada, com direito a gol no último lance.

“Em termos de mentalidade, sim. Te confesso que esse jogo não é a característica que a tradição de Brasil x Colômbia teve. Todos os outros confrontos teve mais jogo. Vai criando (casca), porque você joga pressionado. Daqui a pouco o jogo é picotado, você quer botar ritmo e não consegue. Corremos um sério risco de ficarmos nervosos”, comentou o técnico Tite durante a entrevista coletiva.

“Quando a equipe sai atrás no início do jogo, ela tem que construir, criar essas jogadas, organizar, acelerar, encontrar finalizações. E se propor com uma equipe que tem qualidade do outro lado e (estava) picotando o jogo, não dando uma sequência ao jogo normal traduzido da forma que o rival se propôs, sim. Ela (Colômbia) não queria jogo a partir de um momento, queria não estabelecer o ritmo. Nós precisávamos ritmar. E também teve esse componente de concentração alta para você ficar o tempo todo, o que é muito difícil”, continuou o treinador.

“Entradas qualificaram a equipe de novo. Isso é mérito principalmente do atleta, porque bom domínio, passe, entrar no ritmo do jogo é muito difícil. Quem entrou teve essa capacidade. Seria muito fácil vir aqui e dizer que o atleta entrou frio, demorou um pouco. Os atletas não têm entrado frios. Esse “plus” que as substituições vão dando junto a um nível de concentração muito alto, em cima de um jogo que tem outras características… Foi extremamente importante a vitória”.

Com 100% de aproveitamento na Copa América, o Brasil volta a campo no domingo, quando enfrentará o Equador, em Goiás, no último desafio antes das quartas de final.

Tite despistou ao ser questionado sobre a possibilidade de poupar alguns titulares.

“Nem sei quem é o time titular (risos), jogadores que vão se repetindo. Tenho o maior orgulho. A gente consegue mobilizar todos os atletas, saber da importância que eles têm. Necessidade do jogo é de uma ou de outra, ele vai e contribui. Essa relação de deixar valorizado o atleta, cobrar desempenho e ao mesmo tempo prepará-lo faz uma diferença muito grande em jogos desse tamanho”.

24 jun 2021, às 00h44. Atualizado às 01h00.
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