O trabalho de Thiago Larghi à frente do Goiás não durou muito tempo. O treinador fez apenas seis jogos pelo clube e já foi demitido. Com tão pouco tempo, fica quase impossível de apresentar e avaliar o trabalho do técnico no Esmeraldino. Na live da Gazeta Esportiva nesta quarta-feira, o comandante comentou sobre o ocorrido.

“Certamente não houve tempo para conseguir expressar o trabalho. Isso é fato. Quando a diretoria me convidou, ela sabia que precisava de reforços. Partiu deles esse tema. Com 36 dias de trabalho, consegui iniciar um trabalho de colocar o time no eixo. A questão física, tática e técnica estava muito prejudicada. A gente vinha de três jogos sem derrota, tínhamos vencido o Inter, que era o líder. Então realmente a demissão pegou a gente de surpresa, não era o que tínhamos planejado”.

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O Goiás teve um começo de Campeonato Brasileiro conturbado. Logo na primeira rodada, não pôde entrar em campo por conta de alguns casos de covid-19 no elenco. Com isso, ficou com algumas rodadas em atraso, fato que prejudica o clube atualmente. Thiago assumiu o time já num momento difícil, e destaca que a preparação para a volta do futebol não foi adequada, outro fato que levou a equipe à lanterna da competição nacional.

“Foram seis jogos, e com o grupo atrás na retomada da pandemia. A gente ligou para companheiros do Flamengo, Corinthians, Atlético-MG, e os clubes já vinham com alimentação, treinamento, voltando à normalidade há 15, 20 dias. E o Goiás ainda não tinha voltado. Era um grupo que estava atrasado nesta questão competitiva”.

Foto: Divulgação/Goiás

Durante a live, os torcedores do Esmeraldino demonstraram apoio ao treinador e muitos pediram sua volta. Boa parte pediu desculpas pela ação da diretoria em demiti-lo. Quando perguntado se teria ficado magoado com a saída do clube, Larghi disse que considera sua passagem por Goiânia como um aprendizado, e que não guarda rancor.

“Na vida eu tenho uma postura otimista. Tento sempre ver o copo meio cheio. Foram anos me preparando para esta oportunidade. Então assim, eu vejo que o Goiás é um grande clube, tem uma boa estrutura, grande cidade, uma torcida apaixonada. Tem potencial para ter protagonismo no futebol brasileiro, não só no goiano. Valeu a experiência, serviu para alguns aprendizados, alguns cuidados que tenho que ter no restante da carreira. Mas valeu o aprendizado”, comentou. “Eu desejo ao clube e ao torcedor tudo de melhor. Agora, se vai salvar ou não depende do clube e do trabalho que vai ser conduzido”, completou.

14 out 2020, às 15h05. Atualizado às 15h15.
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