Sylvinho reconhece atuação ruim do Corinthians e detona 1º tempo: “Nos custou a partida”

O técnico Sylvinho não ficou nada satisfeito com a performance do Corinthians na derrota por 3 a 1 para o Flamengo, neste domingo, na Neo Química Arena. Em entrevista coletiva após a partida, o treinador reconheceu o desempenho ruim da equipe e criticou a atuação no primeiro tempo, período em que o Rubro-Negro anotou os três gols.

“Foi um primeiro tempo muito ruim, nós não estivemos bem no jogo. Não porque não queríamos, mas enfim, estivemos muito mal. Nos custou praticamente a partida. Com três gols sofridos, você fica realmente numa situação muito difícil, muito ruim para voltar para o segundo tempo. Um adversário qualificado, com grandes jogadores, mas o nosso primeiro tempo não foi bom. No primeiro tempo tivemos pouca força, não conseguimos ter a bola, não conseguimos atacar o adversário. Isso, infelizmente, praticamente deu o resultado pro nosso adversário. Foi uma atuação muito ruim”, afirmou

“Nós não incomodamos e não fomos eficazes a nível defensivo, a nível de sustentação, de maneira que o adversário acabou tendo um amplo domínio. Por isso a chateação. O resultado do primeiro tempo nos trouxe problemas para voltar no segundo tempo. Não é que só não incomodamos o adversário, nós também não conseguimos ter sustentação e eficácia defensiva. Isso, obviamente, não deixa ninguém feliz”, completou.

Sylvinho ainda afirmou que o Timão foi organizada e se entregou nos últimos jogos, ao contrário do que ocorreu na derrota para o Flamengo. O técnico também destacou a qualidade do time carioca, mas ressaltou que o Corinthians poderia ter tido mais poder ofensivo.

“Corinthians é isso, é não desistir, lutar e entregar. Nos jogos que temos feito, (a equipe) tem se entregado, tem sido organizada. Às vezes não ganha. Hoje foi ao contrário, realmente nós não tivemos nem a força ofensiva e nem a defensiva. Não funcionou, não foi eficaz, ficamos expostos por muito tempo. Por ter sido devido a qualidade dos atletas, do adversário, mas isso para mim não quer dizer tudo. Nós poderíamos sim ter feito um primeiro tempo muito melhor, não conformados em absoluto. Nós tivemos ali um momento muito difícil no jogo, onde fomos envolvidos. Ficou bastante perigoso, ainda mais porque nosso time mistura essa experiência com a juventude. Nessa hora tem que ter bastante tranquilidade para continuar jogando, ter oportunidades para se colocar de volta no jogo e não ficas exposto ao ponto de perder a conta. Fica difícil. Nós não jogamos bem, foi um primeiro tempo muito ruim”, reforçou.

Por fim, Sylvinho falou sobre os resultados ruins na Neo Química Arena. Com o treinador, o Corinthians tem cinco derrotas, dois empates e apenas uma vitória como mandante.

“O campeonato é bastante difícil, duro. Realmente nos incomoda (o desempenho ruim na Neo Química Arena). Nas partidas em casa, a gente não tem tido resultados favoráveis, uma somatória de pontos, um percentual alto. Isso realmente incomoda, mesmo num período de construção de um time e em um campeonato bastante difícil. Nós temos que seguir trabalhando para melhorar as nossas performances em casa e no campeonato. A mistura dos atletas que nós temos chegando vai estar ajudando a gente continuar disputando os jogos em um campeonato bastante complicado, melhorando as nossas atuações, sobretudo dentro de casa”, concluiu.

Confira outros assuntos abordados na entrevista coletiva de Sylvinho:

Não mudança do esquema tático

“Ele (esquema) não é a parte principal, os atletas são a a parte principal. A gente pode utilizá-los no 4-3-3 ou 4-2-3-1, nossos meio-campistas é que sempre vão fazer a primeira pressão. Às vezes estamos marcando no 4-4-2, não é o sistema. Nós tivemos jogos mais equilibrados aqui em casa, com com adversários qualificados também, em que tivemos muito mais próximos de um empate ou da vitória. Hoje não. A situação não é não é e a troca de sistema ou por duas ou três semanas mais abertas. O futebol não se treina para abrir, trocar sistemas. Você troca de acordo com aquilo que a comissão e treinador entendem que pode potencializar os atletas. No nosso caso, entendemos que tem funcionado. Até outro dia era uma defesa que sofria poucos gols, e continua sofrendo. Hoje fugiu a regra, mas a situação não é do sistema. Nós entendemos que o caminho é esse”;

Bom momento nos minutos finais do jogo

“Não houve um poder ofensivo, houve duas, três jogadas isoladas. A gente ainda conseguiu fazer um gol muito bonito, depois tivemos um chute do Vital, também de longe, que tocou na trave, mas são jogadas de longe. Não quero acreditar que todo chute de trinta metros vão dentro do gol. Você pode chutar dez bolas dali e uma vai dentro. Quando eu entendo que poderia ter um poder ofensivo maior são cruzamentos que passam na frente da área, são jogadas construídas por dentro, com a chegada de três atletas. Isso sim já é um poder ofensivo diferente. Nós lutamos no segundo tempo para nos mantermos no jogo, para tentar o gol e ver como que as coisas poderiam se colocar Tivemos ali tivemos, mas não com tanto poder ofensivo. Tivemos ali com a consistência, com a luta, buscando reverter um resultado contra um rival não só qualificado, mas bastante experiente também. Isso torna as coisas ainda mais difíceis”;

Falta de profundidade e permanência do Jô

“A profundidade do nosso time sempre quem deu foi o Gustavo (Mosquito). Recentemente, o Adson tem dado um pouco mais de profundidade. Hoje menos, foi muito bem marcado. E os nossos meio-campistas entrando em infiltração numa segunda linha. O Jô é um atleta de mais retenção de posse de bola, de abrir espaços. O Jô está fazendo esta função. A profundidade do nosso time tem sido dada pelo Gustavo, agora um pouco mais pelo Adson ou pelos meio-campistas. Como disse, não dá pra mudar a característica do jogador, mas nós podemos mudar o time sim, e quando se for necessário mudamos”;

Expectativa para estreias de Giuliano e Renato Augusto

“São dois atletas que estão incorporando o time, dois atletas de muita qualidade, experiência. Estão em momentos diferentes, o Giuliano já está treinando um pouco mais na frente do Renato. Só a semana e o campo vão dizer o quanto eles estão preparados para os próximos jogos. É muito bom poder utilizá-los, mas colocando as coisas nos seus lugares, em um momento, após uma etapa de muita construção. Vão agregar demais, mas são atletas que também necessitam seus tempos para poder estar estreando, jogando, se adaptando. Tanto Giuliano como Renato estavam inativos por um período, nós vamos ter cuidado pra poder inseri-los e colocá-los o mais rápido possível. São atletas de alta qualidade, mas sempre respeitando a etapa desses próprios atletas e a construção do nosso time”;

Nova função do Araos e não utilização do Luan

“O Araos é um atleta que, faz um poucos treinamentos, nós temos colocado ele num plano um pouco mais atrasado do campo, em decorrência da qualidade técnica boa que ele tem e de saída de jogo. É atleta que pode nos ajudar sim por ali ,faz alguns treinos que ele tem se colocado à disposição e nós buscamos o melhor encaixe para que esse atleta. O Luan jogou as suas partidas quando o Jô estava fora, houve uma troca no momento de lesão. O Jô voltou a jogar, tem dado a retenção, tem oxigenando o time. O Luan tem uma função também, não é de profundidade, não é de pisar área, assim como o Jô,  num campo mais atrasado entre linhas de flutuação com a posse de bola. Essas são as duas alternativas que nós tínhamos. No Jô nós não íamos mexer, tinha que mexer do lado do campo. O Luan tem treinado muito bem, não tem absolutamente nada que reclamar do Luan. Tem treinado, tem se esforçado e se dedicado. No momento que realmente proporcionar, o Luan pode voltar a jogar. As ocasiões ocorrerem, é um atleta que está à disposição e pode voltar a qualquer momento. É uma questão só da montagem do time”.

1 ago 2021, às 19h59. Atualizado às 20h15.
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