Poliesportiva Campos Gerais

por Sebastião Neto

Bastaram 45 minutos de evolução no futebol jogado pelo Operário Ferroviário nesta quarta-feira (17) para a equipe conseguir, com relativa tranquilidade, a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil 2021. A vitória por 2 a 0 contra o Juventude Samas (MA), fora de casa, veio com os gols de Leandro Vilela e Tomas Bastos, após cobrança de escanteio; um jogo em que o Fantasma, mesmo com um homem a menos, teve o controle da disputa durante a maior parte dos 90 minutos.

Com três mudanças em relação ao time que empatou com o Azuriz (a reestreia de Simão, Fábio Alemão no lugar do lesionado Alex Silva e Pedro Ken na vaga da Rafael Chorão), na única partida disputada pelo Campeonato Paranaense, o Operário mostrou que não estaria acomodado com a vantagem do empate: mesmo com as más condições do Estádio Pinheirão, que sofreu com as chuvas na região de São Mateus (MA), o time do técnico Matheus Costa foi para cima e apostou no logo pelos lados do campo, mais uma vez com boa participação de Rafael Oller e Jean Carlo.

Mas o primeiro gol veio de um autor ‘improvável’: o cruzamento da direita terminou no passe de Tomas Bastos para Leandro Vilela, que da entrada da área bateu rasteiro e balançou as redes maranhenses logo aos seis minutos. Após o gol, o alvinegro viu algumas tímidas chegadas do Juventude, mas até pela melhor qualidade técnica produzia muito mais do que o adversário quando tinha a bola nos pés. Falando em qualidade, aos 24 minutos, a bola parada de Tomas Bastos passou por toda a defesa do peixe poraquê e o camisa 10 do Operário marcou o segundo.

Com potencial para até ampliar o placar, até pelo pouco que o Juventude Samas ameaçava o time de Ponta Grossa, o Operário foi surpreendido logo aos três minutos da etapa final: a expulsão infantil de Pedro Ken, após reclamar de uma falta marcada no meio campo, poderia dar um ânimo a mais para o maranhenses. Mesmo com a vantagem numérica, os donos da casa não obrigaram Simão a trabalhar muito, porém tiraram do Fantasma a possibilidade de seguir envolvendo os adversários ofensivamente e transformar a vitória em goleada.

Por isso, me atenho mais a etapa inicial e reforço a ponderação do início desta coluna: o Operário evoluiu em relação a estreia contra o Azuriz, em que pese a qualidade menor dos maranhenses em comparação com o time de Pato Branco. O mais importante numa competição eliminatória de jogo único, como o início da Copa do Brasil, é avançar; mas se isso for possível dando sequência ao trabalho de entrosamento e melhora da ‘química’ da equipe, melhor ainda!

“Acredito que nós tivemos mais capacidadade hoje, sem dúvida, mas temos que levar em consideração a caracteristíca do adversário: aqui [em São Mateus] tentando propor o jogo, e nos deixando espaços quando perdia a bola, e o Azuriz sem o objetivo de ficar com a bola e somente se defendendo, com os 11 jogadores atrás da linha da bola”, disse o técnico Matheus Costa, perguntando por este colunista, sobre a comparação em relação ao desempenho de um jogo para o outro.

Grana no bolso e indefinição no calendário

Com a vitória desta quarta, o Operário Ferroviário embolsa mais R$ 675 mil e ganha mais um fôlego no aspecto financeiro, principalmente com a queda na arrecadação de receitas como o sócio-torcedor, por exemplo. Por outro lado, a grande indefinição está por conta do calendário: com as restrições sanitárias na maior parte das cidades paranaenses, a sequência das rodadas do Estadual é uma incógnita.

Certo mesmo é que o adversário da próxima fase da Copa do Brasil sai do confronto entre União Rondonópolis (MT) e Coritiba, que se enfrentam no Centro-Oeste; quem passar jogará em casa contra o Fantasma, que busca uma inédita classificação à 3ª fase. Saudações alvinegras, cuidem-se e até a próxima!

17 mar 2021, às 18h35. Atualizado às 18h36.
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