Santos resolve oito pendências, mira em Barcelona e Doyen e deve antecipar planejamento

O Santos fez um acordo com o Krasnodar, da Rússia, e chegou ao oitavo “check” em lista de problemas financeiros graves.

O Peixe pagou Krasnodar (RUS), Hamburgo (ALE), Atlético Nacional (COL), Brugge (BEL) e Huachipato (CHI), além da renegociação por dívidas trabalhistas e tributárias e um acerto com o empresário Giuliano Bertolucci.

Dessa forma, o Alvinegro de Andres Rueda evita o risco de novas punições na Fifa e mira agora no Barcelona (ESP) e na empresa Doyen Sports.

“No nosso planejamento tínhamos 10 problemas financeiros sérios que poderiam gerar Transfer Ban e prejudicar o fluxo de caixa do clube. Tínhamos ideia de resolver em um ano e meio e estamos antecipados em seis meses”, disse o presidente Andres Rueda.

Barcelona

O Santos precisa pagar 3 milhões de euros (R$ 19,2 mi) ao clube espanhol por não respeitar a prioridade por Gabriel Barbosa, hoje no Flamengo. Na venda de Neymar, o Alvinegro cedeu a preferência e não notificou os catalães antes da negociação com a Internazionale em 2016.

O caso tramita na Fifa e pode, até o fim do semestre, gerar nova proibição para registro de jogadores. Sem dinheiro, o Alvinegro pediu ajuda a Deco, ex-jogador do Barça e hoje empresário.

Para impedir o transfer ban, Deco conta com sua boa relação com o presidente Joan Laporta, eleito em março. O mandatário esteve à frente do Barcelona enquanto o meia atuava.

O homem de confiança do Barça no Brasil conversou com o Santos recentemente sobre estratégias. Em situação financeira difícil, o Peixe pode dar nova prioridade para compra de jovens atletas no futuro ou parcelar a dívida em longas prestações.

O presidente Andres Rueda e Walter Schalka, membro do Comitê de Gestão, conversam com o Barcelona desde o início do ano, mas precisaram esperar a eleição no clube. Sem avanço na negociação, Deco foi acionado.

Amistoso

O Barcelona devia 4,5 milhões de euros (R$ 29 mi) ao Santos por não realizar o amistoso combinado na venda de Neymar. O Peixe, porém, perdeu o prazo para judicializar nas últimas gestões.

Com o amistoso “caducado”, o Santos não teve a chance de trocar uma dívida pela outra. E agora precisa pagar ao Barça para não ser alvo novamente da Fifa.

Doyen Sports

O Santos de José Carlos Peres não pagou a última parcela do acordo feito por Modesto Roma com a Doyen. O valor vencido em setembro de 2019 era de 5 milhões de euros (R$ 30 mi, na cotação atual), em setembro de 2019.

Como previsto em contrato, esse débito rendeu uma multa de 10 milhões de euros (R$ 60 mi). Com juros, a dívida superou os R$ 100 milhões.

O Peixe negocia com a Doyen para pagar apenas a quantia da última parcela, sem multas e encargos, ou no máximo um valor um pouco superior aos R$ 30 milhões. A negociação com a empresa de Malta é difícil e gerou vários bloqueios bancários recentemente.

A Doyen Sports passou a investir no Santos em 2013, com a compra de Leandro Damião junto ao Internacional por 12 milhões de euros. O valor não foi pagou no tempo correto e acabou acrescido de juros. Antes do acordo, ainda havia imbróglio pela aquisição indevida de direitos econômicos de Gabigol, Geuvânio e Daniel Guedes no fim da gestão de Odílio Rodrigues.

22 jun 2021, às 17h08. Atualizado às 17h45.
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