O Botafogo entrou em 2019 mergulhado em uma grave crise financeira. O time não havia conquistado a vaga na Copa Libertadores, o orçamento era enxuto e até mesmo a defesa do título carioca seria um desafio muito complicado. O técnico Zé Ricardo foi mantido e apostou em um elenco equilibrado, que alternava jovens como os laterais Marcinho e Jonathan e o volante Gustavo Bochecha com medalhões como Leonardo Valencia e Rodrigo Pimpão.

Uma espinha dorsal composta pelo goleiro Gatito Fernández, pelo zagueiro Joel Carli, pelo meia João Paulo e pelo atacante Erik foi reforçada por alguns dos destaques da temporada passada, como o zagueiro Gabriel, cedido pelo Atlético-MG na transação que levou Igor Rabello para o Galo, e o volante Alex Santana, trocado por Rodrigo Lindoso junto ao Internacional.

Ao longo do ano foi se observando que era preciso investir. Porém, ao contrário de anos anteriores, quando o clube foi cirúrgico, as idas aos mercados para contratações maiores se mostraram um fiasco. Chegando com status de titulares absolutos, o volante Cícero e o meia Diego Souza jamais justificaram o investimento feito. Para agravar a situação, alguns dos atletas que mais se esperava tinham um rendimento abaixo da média, como os meias Luiz Fernando e João Paulo.

“O Botafogo foi ao mercado buscando as oportunidades que apareceram. Tínhamos poucas opções disponíveis e não poderíamos errar. A situação financeira era grave e por isso mesmo não contratamos ninguém na janela”, explicou o ex-diretor de futebol Anderson Barros, que no fim do ano se transferiu para o Palmeiras.

O desempenho do Botafogo foi pífio. O time nunca deu química na temporada. Perdeu 28 dos 59 jogos que disputou, ganhando apenas 22 e empatando nove. Anotou 59 gols e sofreu 62. Nenhum título foi conquistado. Alex Santana foi o artilheiro do Glorioso na temporada com dez gols.

Clique aqui para relembrar, em números, a temporada 2019 do Botafogo

31 dez 2019, às 00h00.
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