Mosquito avisa que não tem problema com apelido e espera se firmar no Corinthians

Gustavo, Gustavo Silva ou Mosquito?

O mundo do futebol, cada vez mais globalizado e comercial, tem minado apelidos e apostado, principalmente, em nomes compostos.

Esse advento também atingiu o atacante do Corinthians, que por sua vez, se eximiu de culpa e avisou que não vê problema algum em continuar sendo conhecido pela alcunha recebida ainda na infância.

“Não tenho problema nenhum por me chamarem de Mosquito. Desde moleque sou chamado assim. Isso aí vocês têm de cobrar do Corinthians. O Corinthians que pediu para tirar”.

Com a liberdade concedida pelo próprio atleta, durante entrevista exclusiva à TV Gazeta nesta terça, Mosquito falou sobre o momento do Corinthians, que venceu o líder e o lanterna do Campeonato Brasileiro nas duas últimas rodadas.

Se contra o São Paulo o jogador de 23 anos entrou no segundo tempo, frente ao Goiás ele foi titular e ainda marcou um gol.

“Muito feliz de ter marcado, pela vitória, a gente melhorou muito com a chegada do Mancini, ele está nos ajudando muito, o fato de ter uma semana para trabalhar, isso ajuda muito, e os resultados estão vindo”.

Este foi o segundo gol de Mosquito com a camisa do Corinthians, que ainda parece não acreditar em tudo que está acontecendo com a sua carreira.

“É uma sensação inexplicável, não tenho palavras para descrever. É uma felicidade sem tamanho, só quem é Corinthians, quem veste essa camisa tem esse privilégio de sentir isso. Sou um cara abençoado, espero fazer muito mais”.

Revelado pelo Coritiba, Mosquito chegou ao Timão no início de 2019. Foram apenas cinco participações e empréstimos a Vila Nova, Oeste e Paraná Clube. Agora, ele não quer sair tão cedo.

“Oportunidade única. A minha primeira passagem pelo Corinthians, acho que eu não estava tão preparado, em todos os aspectos. A ida ao Paraná foi muito importante, tive sequência, isso me ajudou muito, e graças ao Tiago Nunes pude voltar. Ele que me chamou de volta, é uma oportunidade única. Quando ele ligou eu não pensei duas vezes, é a oportunidade da vida, posso mudar de vida, mudar de patamar, sair de uma série B para jogar série A no Corinthians, e poucos jogadores têm essa segunda oportunidade, como eu tive. Estou muito feliz e vou continuar trabalhando para fazer história com essa camisa”.

Tiago Nunes o resgatou e Vagner Mancini tem sido responsável pelas oportunidades em campo. O atual técnico corintiano, aliás, está cheio de moral pela transformação que tem causado ao time.

“Como a gente tem uma semana para trabalhar, ele foca em todos os setores, dá bastante treino tático, parte defensiva, parte ofensiva, finalização, e isso tem nos ajudado bastante. Ele é um treinador muito inteligente”.

Toda essa confiança faz com que o time, agora, não almeje mais apenas deixar a parte de baixo da tabela. O Corinthians quer se inserir no pelotão de cima.

“A gente sempre acreditou, mas a gente estava na parte de baixo da tabela e não tinha como sonhar tão alto, até pelos jogos que a gente vinha fazendo. Mas o Vagner acertou muito nosso time, todo mundo nunca deixou de trabalhar, agora que estamos mais próximos, pensamos mesmo em Libertadores. A gente tem que brigar lá em cima sempre, até pela grandeza do clube”.

Com ou sem Mosquito, e nada de Gustavo Silva, o Corinthians vai enfrentar o Botafogo, domingo que vem, no Engenhão. Por isso, o elenco ganhou folga nesta terça, mas vai trabalhar no CT Joaquim Grava de quarta até sábado, sem descanso até mesmo no Natal.

22 dez 2020, às 18h29. Atualizado às 19h45.
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