Marcelo Medeiros avalia sua gestão no Inter e destaca: “Vou cuidar da saúde”

No fim de sua gestão como presidente do Internacional, Marcelo Medeiros fez um balanço de seu trabalho nos últimos quatro anos. Em entrevista à GZH, o dirigente relembrou diversos momentos de seu mandato e afirmou que agora o seu foco será cuidar da saúde.

Perguntado se seu sentimento é de missão cumprida, Marcelo relembrou que assumiu a presidência do Colorado com a equipe na Série B do Campeonato Brasileiro. Dadas as circunstâncias, ele aponta que o saldo da gestão é positivo, apesar de não ter conquistado títulos.

“Missão cumprida, sim. Peguei um clube que começou na Série B e entrego, ao lado de meus pares, um time no G-4, ainda brigando no Brasileirão”, afirmou.

Ao longo de sua gestão, Marcelo enfrentou diversos momentos conturbados. Um deles foi a saída do técnico Eduardo Coudet, que ocorreu neste ano e gerou grande repercussão na torcida. O mandatário explicou o que ocorreu entre o clube e o treinador argentino.

“Naquele último dia, muita gente achava que a entrevista estava demorando porque tinha jogo do Grêmio. Mas não foi isso. Eu estava conversando com os atletas, lamentando que tínhamos cedido mais um empate levando gols da mesma forma, o Alexandre Chaves Barcellos foi atender a imprensa, e o Rodrigo Caetano me chama. Disse que o Coudet falou que não tinha mais cabeça para treinar o Inter. Pô, mas e o jogo com o América-MG? Daí saí, admito. Fiquei vendo de longe o Rodrigo e o Alexandre tentando convencer um cara, com contrato vigente, a treinar o Inter”, relembrou.

“Já ouvi muitas teorias, até de que a família dele não tinha se adaptado a Porto Alegre. Ele veio para cá de carro, instalou-se em uma casa na Zona Sul. Sinceramente, acho que ele viu no Celta (de Vigo, na Espanha) uma oportunidade de ir para a Europa, em um clube com menos pressão do que o Inter. As coisas são mais simples”, completou.

A pressão de estar à frente do Internacional prejudicou a saúde de Medeiros, que agora tentará parar de tomar remédios para conseguir dormir.

“Nunca mais dormi sem remédio. Sempre fui insone, mas piorou muito. Em 2017, no nosso primeiro jogo-treino, levamos um rodião do Tubarão. O doutor Caputo me olhou e achou pálido. Medimos a pressão: estava 19 por 16. Hoje tomo remédio para a pressão. Tenho refluxo. De agora em diante, espero parar de tomar remédio para dormir. Vou cuidar da saúde”, concluiu.

31 dez 2020, às 09h20. Atualizado às 10h30.
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