Foto em rede social mostra arma em reunião de presidente da Fesporte

Rui Godinho (ao lado de uma mulher de blusa branca) aparece em reunião com arma à sua frente, ao lado de uma garrafa de água mineral – reprodução Instagram/ND

Rui Godinho é policial, e compartilhou a foto em sua rede social durante um encontro com o time de transição em 20 dezembro de 2018, quando ainda não havia sido nomeado ao cargo

Uma postagem feita nas redes sociais do presidente da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), Rui Godinho, repercutiu negativamente à imagem da entidade que cuida do esporte catarinense na manhã dessa quarta-feira (20). A foto, publicada no dia 20 de dezembro de 2018, mostra uma arma em cima da mesa durante uma reunião na sede da fundação. 

Não havia assumido o cargo

Na data da postagem, Godinho ainda não havia sido nomeado como presidente da entidade pelo governador Carlos Moisés, que assumiu o cargo máximo do executivo catarinense no dia 2 de janeiro de 2019. Entretanto, a imagem mostra o encontro já na sede da instituição, em Florianópolis, mesmo ele ainda exercendo a função de comissário de polícia.

Na imagem, o que despertou polêmica e chamou a atenção dos internautas foi o fato de uma arma de fogo estar sobre a mesa durante a reunião, o que é algo incomum para uma instituição como a Fesporte – mesmo com a prerrogativa do porte liberado para policiais, profissão que Godinho ainda exercia na ocasião. 

“Uma questão de comodidade”

Procurado pela reportagem do Notícias do Dia, Godinho confirmou, por meio de nota, que a arma era sua e estava colocada em cima da mesa por “uma questão de comodidade”, mas “estava travada, sem oferecer risco”. “Todo policial civil tem a prerrogativa de porte legal de arma. No meu caso torna-se ainda mais necessário por conta de um histórico profissional exitoso, tendo auxiliado na prisão de inúmeros criminosos – muitos deles ligados à facções que atuam no estado”, explicou Godinho. 

Além disso, ele ainda garantiu que esse foi um fato isolado e nunca mais se repetiu nem se repetirá “seja no ambiente da Fesporte ou na presença de servidores da Fundação”, afirmou. 

Nota de esclarecimento da Fesporte

Em nota oficial, Godinho lamentou o desconforto causado e reafirmou que o “registro em questão foi feito no dia 20 de dezembro de 2018, na companhia de meu grupo de trabalho. Na oportunidade tratávamos, sem a presença de qualquer servidor da Fesporte, de questões relativas ao período de transição que se sucedeu numa época de pouquíssima movimentação de funcionários e servidores por conta de período de férias e poucas atividades”. 

Além disso, o atual presidente da Fesporte disse que na ocasião ainda exercia a função de comissário de Polícia Civil, tendo sido nomeado oficialmente como presidente da Fesporte somente no dia 2 janeiro de 2019, conforme publicado em Diário Oficial”. 

20 fev 2019, às 00h00.
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