A relação de Jucilei com Fernando Diniz não se iniciou com a chegada do treinador ao comando do São Paulo. Titular depois de mais de seis meses sem disputar uma partida oficial no último sábado, contra a Chapecoense, fora de casa, o volante revelou que as conversas com o comandante vêm desde o período em que Dorival Jr era o técnico do Tricolor.

Durante a passagem de Dorival Jr pelo São Paulo, Fernando Diniz, então desempregado, chegou a visitar o CT da Barra Funda em algumas oportunidades para observar treinamentos e ter contato com os atletas. E foi em uma dessas conversas que o novo comandante tricolor externou sua admiração por Jucilei.

“O Fernando Diniz já vinha aqui na época do Dorival, me acompanhava. Tive a oportunidade de conversar duas ou três vezes com ele, ele me elogiava bastante. Também encontrei com ele no aeroporto, eu estava aqui no São Paulo e ele no Fluminense, e ele falou que a gente ainda teria a oportunidade de trabalhar juntos”, disse Jucilei.

“Agora estou tendo essa oportunidade, [o Fernando Diniz] é um cara que tem me dado bastante força, sou muito grato a Deus e a ele. Se não fosse o Diniz, talvez eu nem estaria aqui, porque se ele fala que não queria, seria mais um imbróglio, mais uma confusão. Eu tenho mais dois anos de contrato, seria um negócio que não faria bem para ambas as partes. Estou muito feliz neste retorno, sou muito grato ao Diniz por essa nova oportunidade”, prosseguiu.

Com contrato até dezembro de 2021, Jucilei também reafirmou o desejo de se aposentar no São Paulo. Hoje com 31 anos, o volante terá 33 ao fim de seu vínculo com o Tricolor, idade precoce para pendurar as chuteiras na maioria dos casos. Justamente por isso, se quiser permanecer por longos anos no Morumbi, o camisa 8 terá de agarrar essa nova chance dada por Fernando Diniz com unhas e dentes, algo que já mostrou ter feito no último sábado, contra a Chape.

“O que falamos temos de cumprir. Quero me aposentar no São Paulo. Estava treinando bem, só que futebol em time grande é resultado, sei como funciona, sou muito experiente. Se você ganha dez partidas, é o melhor. Se você começa a tomar uma pancadinha… fomos eliminados da Pré-Libertadores, foi muito ruim para nós jogadores. Então, começam a apontar culpados: ‘Foi fulano, beltrano, o Jucilei isso, o Jucilei está gordo, Jucilei aquilo’”, pontuou.

“Aconteceu a mesma coisa com o Sidão, com o Rodrigo Caio. Sempre vão achar um culpado. Mas, a torcida é paixão, entendo o lado deles, é zoação. Quando perde um jogo, ficam doidos e querem achar um culpado. Mas, também vivi isso e sei como é a torcida do São Paulo. Colocou mais de 20 mil pessoas em um treino, quando estava em situação difícil botaram 60 mil contra o Cruzeiro, às 11h. Sei como funciona, agora é buscar o objetivo”, completou.

5 nov 2019, às 00h00.
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