Jogadores, técnicos e personalidades manifestam apoio ao boicote dos jogos na NBA

Os jogadores da NBA promovem uma onda histórica de protestos na liga de basquete mais importante do mundo, boicotando diversos jogos dos playoffs e retomando as discussões políticas e sociais que rodearam o retorno do campeonato, estimulados dessa vez pelo caso de Jacob Blake, homem negro baleado sete vezes por uma dupla de policiais nos Estados Unidos.

A atitude dos atletas foi endossada por nomes importantes do esporte, como o técnico Doc Rivers, do Los Angeles Clippers. “Somos nós que estamos sendo mortos. Somos nós que estamos levando tiro. Somos nós que não podemos viver em certas comunidades. Nós fomos enforcados. Nós fomos baleados. Tudo o que você faz é continuar ouvindo sobre o medo”, disse o treinador.

“O treinamento tem que mudar na polícia. Os sindicatos precisam ser derrubados na força policial. Meu pai era policial. Eu acredito em bons policiais. Não estamos tentando tirar o dinheiro da polícia. Estamos tentando fazer com que eles nos protejam, assim como protegem todo mundo”, completou.

Doc Rivers recebeu o apoio virtual de Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos. Nas redes sociais, ele elogiou a fala do treinador e disse que “todas as instituições serão necessárias para defender esses valores”.

Outro nome gigante do basquete a se pronunciar foi Lebron James. O astro do Los Angeles Lakers é um dos líderes dos protestos na bolha de Orlando e se manifestou pelo Twitter dizendo: “Exigimos mudança, cansado disso”.

A conclusão da temporada da NBA ainda é uma incógnita. Três jogos estão agendados para esta quinta-feira, mas ainda sem confirmação: Raptors x Celtics, Jazz x Nuggets e Mavericks x Clippers.

27 ago 2020, às 10h46. Atualizado às 11h16.
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