“Guerreira do Brasil”, Formiga relembra trajetória na Seleção e projeta desempenho em Tóquio

A volante Formiga publicou uma carta ao site da CBF. Ela abordou os principais momentos de sua trajetória com a Seleção Brasileira feminina de futebol e falou sobre os Jogos de Tóquio.

Mesmo com toda a experiência, a jogadora de 43 anos afirmou que disputar Olimpíadas sempre necessita de muita preparação.

Ela destaca a parte mental: “Tem que ter cabeça boa, cara. E sempre dar o máximo. Dentro de campo, quando a bola rola, você acaba esquecendo de tudo e só quer dar o seu melhor, se divertir. Mas fora dele, lidar com a própria cabeça é um desafio. Tem que ter coragem.”

Apesar disso, a meio-campista afirma que a experiência ajuda neste momento, pois “tudo fica mais leve”.

Disputando os Jogos Olímpicos pela sétima vez, Formiga é a recordista em participações na competição. Para esta edição, ela cita um “sexto sentido”, baseado em todas suas experiências, e se mantém otimista.

“Esse sexto sentido tá me dizendo que algo vai ser muito bom realmente, que dessa vez vem essa medalha. Mas o que me deixa mais tranquila mesmo é ter a certeza de que estamos fazendo um ótimo trabalho. Eu sinto uma energia muito positiva. É diferente”, destaca.

“Por essa ser minha última Olimpíada, tenho sede em dobro, uma vontade de correr duas vezes mais, de me doar 200% pelo time, para ganhar essa medalha de ouro”, completa.

Formiga também cita a influência dela para as demais atletas – sobretudo jovens, que formam o grupo brasileiro, cuja união é “impressionante”.

“Eu me sinto um espelho para elas. Para que sigam sonhando, que lutem por seus sonhos. […] Passei por isso quando cheguei aqui. As mais experientes me ensinando, dizendo aonde eu tinha que ir. Daí veio essa minha responsabilidade, de passar o bastão da melhor maneira possível”, descreve.

A estrela da Seleção também comenta a importância dos torcedores: “Faz muita diferença saber que a torcida está com a gente. Antigamente, não sabíamos se nosso jogo ia passar, se poderiam acompanhar, se sabiam os nossos nomes. Hoje, a gente recebe uma linda corrente de apoio e carinho todos os dias.”

A jogadora finaliza, comentando a respeito do pódio olímpico e sobre como quer ser lembrada após a aposentadoria.

“Quando a cortina baixar e a Formiga não estiver mais no meio de campo da Seleção, será incrível se lembrarem de mim como medalhista de ouro. Mas, pra ser sincera, o que me define não está na cor de uma medalha. Tá no suor, tá na minha história, tá em tudo que consegui fazer pelo futebol. É assim que gostaria de ser lembrada: ‘Formiga, uma guerreira do Brasil’”, conclui.

A Seleção Brasileira feminina de futebol volta a campo na sexta-feira, às 5h00 (de Brasília). A equipe enfrenta o Canadá pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

29 jul 2021, às 17h28. Atualizado às 17h45.

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