O grupo político Vanguarda Rubro-Negra pediu uma investigação sobre as recentes declarações do ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Melo (Foto: Divulgação/Alexandre Vidal)

As declarações do ex-presidente Eduardo Bandeira de Melo sobre a tragédia no Ninho do Urubu seguem agitando o Flamengo. Após o vice-presidente de futebol Marcos Braz se defender da fala, foi a vez de um grupo político entrar com um pedido de investigação nesta segunda-feira, que pode resultar na expulsão do ex-mandatário.

O grupo Vanguarda Rubro-Negra, que tem o também ex-presidente Márcio Braga como membro, enviou a carta ao presidente do Conselho Deliberativo do Flamengo, Bernardo Amaral. No texto, os sócios pedem uma investigação sobre as declaração de Bandeira de Melo e citam alguns artigos do Estatuto do clube.

Bandeira de Melo declarou que a tragédia do Ninho do Urubu provavelmente não teria acontecido em seu mandato. Aliados do presidente Rodolfo Landim atacaram o ex-presidente logo após a fala.

O Ministério Público abriu investigação sobre o caso e indiciou tanto Landim quanto Bandeira. Na tragédia, dez garotos das categorias de base do Flamengo morreram no incêndio em um dos contêiners no Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019.

Confira a carta completa do grupo Vanguarda Rubro Negra:

O Grupo Vanguarda Rubro-Negra, bem como a Nação Rubro Negra, foi surpreendido pela insana, infeliz e irresponsável declaração do ex-Presidente e Sócio Emérito Eduardo Bandeira Melo, cujo teor transcrevemos: “… Se eu fosse presidente tenho quase certeza que não teria acontecido o incêndio. Fiquei lá seis anos e não aconteceu nada…”

Tal declaração foi dada em relação à tragédia do Ninho do Urubu, maior cataclismo ocorrido em 124 anos de História do Clube de Regatas do Flamengo. Por esta razão, vem representar contra o ex-presidente Eduardo Bandeira de Melo, requerendo o acolhimento desta peça e as devidas providências administrativas que cabem a este E. Conselho.

O pronunciamento inconsequente de um ex presidente traz um prejuízo de grande repercussão negativa para o Clube de Regatas do Flamengo, em um momento de crise mundial, onde toda a sociedade está fragilizada por uma pandemia que vem ceifando vidas e que trará sequelas à economia mundial.

Justamente neste momento, tentando se eximir de responsabilidade, este senhor coloca a Instituição em risco ao afirmar que não foi uma fatalidade e sim uma falha de quem estava à frente do Clube, pois, se ele estivesse ainda como presidente não ocorreria tal tragédia.

Considerando o real interesse do representado; foi um arroubo de arrogância e uma tentativa vil para se aproveitar do cargo exercido recentemente no Clube de Regatas do Flamengo, objetivando usá-lo em sua campanha político-partidária.

A declaração absurda e longe da verdade traz consequências desastrosas à Instituição, principalmente no âmbito jurídico e econômico, pois o representado foi de encontro ao principal argumento da nossa defesa, ou seja, que o infausto acontecimento foi uma fatalidade de previsão impossível, esquecendo que ele era o presidente até 40 dias antes do ocorrido.

Sendo assim, tal declaração catastrófica, veiculada em várias mídias, está tipificada no nosso Estatuto nos art. 24, XI e 49. O Grupo Vanguarda Rubro-Negra requer, com fulcro nos artigos 59, 60 e 64, I, b, do Estatuto, a instauração de Comissão de Inquérito de originária competência deste E. Conselho de Administração.

VANGUARDA RUBRO-NEGRA

27 abr 2020, às 00h00.

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