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A Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada que dá aos times mandantes das partidas o poder exclusivo de negociar os direitos de transmissão promete ainda muita discussão. Nesta quinta-feira, Nestor Hein, diretor jurídico do Grêmio, criticou a nova determinação e disparou principalmente contra o Flamengo.

“(A MP) Desune os clubes. É típico da diretoria do Flamengo, que só pensa no seu umbigo. Exemplo disso é como tem agido em relação à pandemia.”, disse o dirigente, em entrevista à Rádio Grenal.  “Ela nasce em um conchavo do Flamengo com o governo, segundo alguns para atacar a Rede Globo, e acho muito ruim para os clubes”, emendou.

Segundo Nestor Hein não havia necessidade de urgência para uma MP sobre esse assunto, principalmente no meio de uma pandemia.  “A Medida Provisória se dá em momentos de urgência. Qual a urgência de ela ser aplicada quando o futebol está parado?”, questionou.

Na atualidade, Nestor Hein destaca que a maior preocupação está com a situação financeira causada pela paralisação dos jogos. Ele observa grandes dificuldades para o futebol brasileiro no futuro.

“Será um futuro bastante duro para os clubes, e ano que vem também. A não ser para os que ignoram e tocam ficha. Mas não é o nosso caso, de ninguém no Rio Grande do Sul. Aqui temos seriedade.”, disse.

Com a queda das receitas, o Grêmio anunciou um corte de 55% dos salários do seu elenco entre abril e setembro de 2020, anunciando que pagará a diferença em 2021 e 2022. Houve grande polêmica com os atletas, críticas nas redes sociais de que o elenco não estava disposto a abrir mão dos vencimentos – os jogadores chegaram a pedir respeito com essas acusações.

“As reduções salariais só são possíveis por acordo coletivo. Se o jogador não aceitar, o clube não pode aplicar”, justificou Nestor Hein.

25 jun 2020, às 17h50.
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