Ex-Santos e Palmeiras, Evandro anuncia aposentadoria do futebol

O meio-campista Evandro anunciou nesta sexta-feira que se aposentou do futebol. Por meio de suas redes sociais, o agora ex-jogador afirmou que encerra a sua carreira feliz por tudo o que fez e conquistou dentro dos gramados.

“Não é fácil parar de fazer algo que você fez a vida toda e fez com amor. Mas olhar para trás, para a minha trajetória, me ajuda a compreender que a minha carreira foi completa, feliz e vitoriosa… A minha relação com o futebol começou muito cedo, seguindo os passos do meu pai, Osmair, que foi um grande craque e minha primeira e mais importante referência, seguido pelo meu padrinho César Paulista. Desfrutei cada minuto e levarei comigo as melhores lembranças deste tempo! Muito obrigado!”, escreveu.

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Formado nas categorias de base do Athletico-PR, Evandro passou por diversos clubes ao longo de sua carreira, como Goiás, Palmeiras, Atlético-MG, Vitória, Porto, de Portugal, Hull City, da Inglaterra, Santos e Chapecoense, onde estava até então. Além disso, ele também defendeu a Seleção Brasileira Sub-20, em seis partidas.

Em seus depoimento, o ex-meia também aproveitou para agradecer o técnico Jorge Sampaoli, responsável por levá-lo ao Peixe em 2019. Com a camisa alvinegra, Evandro realizou 23 partidas e marcou um gol.

“Voltei ao Brasil para jogar pelo Santos FC, clube no qual, apesar de toda minha experiência, atingi o auge do meu aprendizado como atleta, tudo graças ao Jorge Sampaoli e a sua equipe de trabalho. Acredito que este foi o período da minha carreira que mais disfrutei”, disse.

Confira a nota na íntegra

“Não é fácil parar de fazer algo que você fez a vida toda e fez com amor. Mas olhar para trás, para a minha trajetória, me ajuda a compreender que a minha carreira foi completa, feliz e vitoriosa… A minha relação com o futebol começou muito cedo, seguindo os passos do meu pai, Osmair, que foi um grande craque e minha primeira e mais importante referência, seguido pelo meu padrinho César Paulista.

Comecei na Escolinha da Associação da Artex, comandada pelo Professor Ademar e mantida por uma indústria têxtil na cidade de Blumenau. Logo cedo cheguei na base do Clube Atlético Paranaense, onde me formei como jogador e ser humano. Em 2005, fui convocado para a Seleção Brasileira Sub-20 para a disputa do Mundial da categoria. Ainda no Atlético assinei meu primeiro contrato profissional e fiz parte de um dos maiores momentos da história do Clube, que foi a disputa da final da Copa Libertadores, que até hoje me ressinto de não ter vencido.

Atuei por alguns dos principais clubes do Brasil como Goiás, Palmeiras, Atlético Mineiro e Vitória. Tive minha primeira experiência internacional no Estrela Vermelha (Sérvia), onde conheci uma outra realidade e enfrentei muitos desafios, como o frio e a distância do meu país. A parada seguinte foi em Portugal, primeiramente no Estoril Praia, onde fizemos história, classificando o Clube para Liga Europa, sob o comando do brilhante Marcos Silva. Fui transferido para o FC Porto, onde tive a oportunidade de disputar a Champions League, enfrentando alguns dos maiores clubes europeus, e vivenciar a incrível atmosfera do Estádio do Dragão. Eu e minha família fomos muito felizes em Portugal, mas o futebol tinha outros desafios para mim. Cheguei ao Hull City para atuar na Premier League, o mais importante campeonato nacional da atualidade. Apesar de sofrer muito com as lesões, foi uma experiência extremamente positiva, dentro e fora dos gramados.

Voltei ao Brasil para jogar pelo Santos FC, clube no qual, apesar de toda minha experiência, atingi o auge do meu aprendizado como atleta, tudo graças ao Jorge Sampaoli e a sua equipe de trabalho. Acredito que este foi o período da minha carreira que mais disfrutei. Meu último clube foi a Chapecoense, a quem gostaria de ter ajudado muito mais, mas fui impedido pelas lesões musculares que me perseguiram no terço final da carreira.

Mesmo assim, tenho muito orgulho de ter feito parte do grupo que conquistou o acesso e o título da Série B. Deixo os gramados com a certeza de que vivi tudo o que podia e queria viver. Agradeço a minha esposa Roberta e as minhas filhas Lara e Alice por todo o suporte e renúncia… Vocês são a razão da minha dedicação e luta. Meus pais – Osmair e Dulcinéia e meu irmão Leandro, que foram meus grandes incentivadores. Todos os dirigentes, técnicos e atletas com quem trabalhei e convivi. As torcidas dos clubes que citei aqui. Empresários e intermediários. Meu advogado e representante, Luís Novaes. Médicos e fisioterapeutas. Meu terapeuta Matheus Moser… Enfim, todas as pessoas que fizeram esta caminha possível. Que me fizeram acertar e errar, mas acima de tudo, aprender. Desfrutei cada minuto e levarei comigo as melhores lembranças deste tempo! Muito obrigado!”

26 fev 2021, às 20h48. Atualizado às 21h00.
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