Ex-lateral, Danilo Avelar diz estar “contente” com desempenho como zagueiro

Antes lateral-esquerdo do Corinthians, Danilo Avelar passou a ser visto como zagueiro pelo técnico Tiago Nunes desde o início do ano. Atrapalhado por uma pubalgia no primeiro semestre, o camisa 35 conseguiu uma sequência na posição após a paralisação do futebol devido à pandemia do novo coronavírus.

Em entrevista coletiva virtual na última sexta-feira, o jogador de 31 anos afirmou estar “contente” com o rendimento na nova função.

“Eu estou contente com o que tenho apresentado. Por mais que pareçam próximos, zagueiro e lateral, (a posição de zagueiro) exige muito comportamento corporal, muita noção de espaço, você saber o que um atacante faz quando domina a bola, o que eu não prestava tanta atenção quando jogava na lateral. Então, exige um pouco de adaptação. Quanto mais jogos, melhor. Estou buscando melhorar, evoluir, ter referências e ver jogos. É uma tendência. Quem souber aproveitar, vai ter um diferencial”, declarou.

Presente em todos os minutos das dez partidas disputadas pelo Timão na temporada, Avelar ainda falou sobre sua preparação física para aguentar o ritmo intenso na maratona de jogos.

“Quando você passa de lateral para zagueiro, a impressão é de que você corre menos. Geralmente, eu corria 10 km como lateral e no último jogo corri 9,5 km como zagueiro. Eu confesso que achava que a diferença seria maior em relação à distância percorrida no campo, mas não é. Não acho que é só a questão física, é muito mental. Tenho uma rotina infalível, tenho que me preparar no mínimo uma ou duas horas antes de começar o treino. É um disciplina diária que faz com que você esteja fisicamente preparado para atuar todos os jogos. São 900 minutos, não é pouca coisa. Um atleta que quer estar sempre em alto nível tem que estar com um rendimento bom diariamente, seja no treinamento, na alimentação, seja no sono, no descanso. É um complexo de várias coisas que te faz conseguir ter resultados em campo”, contou.

O defensor também comentou a sua participação na criação das jogadas durante o duelo do meio de semana contra o Fortaleza. Segundo ele, o time alvinegro treina situações de jogo nas quais os atletas devem exercer outras funções dentro do campo, conforme a necessidade.

“Isso vai muito de como o adversário te permite se comportar em campo. Se tratando do jogo contra o Fortaleza, eu e o Gil tínhamos muito espaço para avançar porque a linha deles estava muito baixa. Então, você acaba entrando em um campo que talvez não seja seu, de um volante ou meia, e acaba tendo que exercer uma outra função. E é o que a gente faz no treino. Estamos preparados para exercer outra função se for necessário. Nada é por acaso, tudo é treinado”, concluiu.

29 ago 2020, às 07h00. Atualizado às 07h15.
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