Diniz se incomoda com gols sofridos em bolas paradas e reclama de arbitragem “muito confusa”

Nesta quarta-feira, São Paulo e Fortaleza fizeram um jogo movimentado e polêmico no Castelão, empatando por 3 a 3 no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Dos três gols sofridos pelo Tricolor, dois saíram em jogadas de bola parada, o que deixou Fernando Diniz irritado. De acordo com o treinador, o adversário desta noite foi muito estudado e o time treinou exaustivamente a bola aérea defensiva durante a semana.

“Quanto ao desempenho, o Fortaleza era um time que jogaria no contra-ataque, até pela formação do time, e apostar nas bolas paradas. Era um jogo que tinha uma clareza de ideias que poderiam ter acontecido e aconteceram. A gente treinou bastante bola parada e tomamos dois gols de bola parada. Era um lance que a gente tinha treinado e não poderia ter falhado, uma coisa que a gente treinou muito para ser evitado”, afirmou o técnico.

Durante boa parte da etapa final, o São Paulo contou com um jogador a mais, já que Felipe Alves foi expulso no início do segundo tempo. Nos dez minutos derradeiros, o Tricolor chegou a ficar no 11 contra nove, quando Carlinhos recebeu o cartão vermelho. Mesmo não conseguindo sair com a vitória, Diniz acredita que o time marcou gols em jogadas elaboradas, ponderando também os benefícios de ter uma vantagem numérica em campo.

“Fizemos dois gols em duas construções muito bem feitas, que é difícil de você fazer jogando contra o Fortaleza. Mas, mesmo assim, achei que a gente poderia ter acelerado mais o jogo no primeiro tempo. No segundo tempo, a gente voltou com uma postura diferente e, com a expulsão, a gente acabou se abrindo e não soube aproveitar logo no início, porque, assim que ficamos com um a mais, tomamos um gol em uma bola parada e, logo depois, quase tomamos outro. Depois disso, o time se assentou no campo e produziu para empatar e virar a partida”, analisou o treinador.

“Quando você tem um jogador a mais, não necessariamente fica com o trabalho facilitado para fazer o gol. Você fica com menos chance de tomar o gol, mas as equipes acabam trazendo os nove jogadores para trás, como foi hoje, e acabam se defendendo como podem”, completou.

Bronca com a arbitragem

Diniz também comentou sobre a arbitragem, que foi o centro dos holofotes desta noite no Castelão. O técnico reclamou da falta de critério de Rodolpho Toski Marques durante os 90 minutos e aproveitou para explicar sua expulsão no final do segundo tempo.

“Achei a arbitragem muito confusa. Diferente da arbitragem de sábado, que adotou um critério no jogo contra o Palmeiras, levando o jogo marcando poucas faltas, hoje tinha um critério de não marcar muitas faltas e, conforme o jogo vai se desenvolvendo e as coisas vão acontecendo, o critério vai mudando. O lance do Felipe Alves era para mim muito claro, que não precisava do VAR. Foi solicitar o VAR e demorou 11 minutos. O acréscimo jamais poderia ser de nove minutos, só de VAR foram 11. À frente do placar, o Fortaleza também ficou retardando o jogo, mais as substituições, e aí ele dá nove. Tinha que ser no mínimo 11, coisa matemática, e mais dois, três ou quatro”, disse Diniz.

“A minha reclamação foi essa. Ele já tinha dado nove minutos, começaram a retardar o jogo bem na minha frente, e eu reclamei do tempo. Ele veio na minha direção e eu disse: ‘Só estou reclamando do tempo, de mais nada’. Me falou que minha expulsão foi por conta da insistência da reclamação”, finalizou.

14 out 2020, às 22h48. Atualizado às 23h00.
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