Deyverson diz que perdeu espaço no Palmeiras e que pretende ficar na Espanha

Deyverson tem contrato com o Palmeiras até 2022, mas desde janeiro deste ano defende o Getafe, por empréstimo. O desempenho do centroavante tem agradado aos espanhóis e também mexeu o jogador brasileiro, que em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva admitiu que sua vontade é permanecer na Europa.

Quero ficar, quero ficar. O sonho de todo jogador é vir para a Europa. Vários amigos meus falam ‘me leva’. Isso é maneiro. Os caras falam que eu sou iluminado. Teve a proposta da China, não fui, comecei a cair e surgiu o Getafe me querendo, olha só. Os caras falam ‘você é iluminado’.

O acordo entre Palmeiras e Getafe vale até julho e ainda não se sabe se esse prazo pode ser estendido em função da paralisação do futebol. A diretoria alviverde pede 5,4 milhões de euros, cerca de R$ 30 milhões, para negociar Deyverson.

“Eu converso muito com Felipe Dias, que é meu empresário, e ele fala que o clube está muito feliz, que o clube pretende ficar comigo, mas, com essa parada, deu uma embolada, por causa de salários, essas coisas. Se tiver que voltar para o Palmeiras, voltarei feliz também. Mas, aqui (no Getafe) estou superfeliz, as pessoas me tratam com muito carinho. Pretendo ficar aqui”.

Ninguém confirma, mas nos bastidores circula a informação de que o Getafe seria obrigado a comprar Deyverson no caso do jogador de 28 anos atuar em pelo menos metade dos jogos até julho e marcar o mínimo de nove gols. Questionado pela reportagem, Deyverson se mostrou otimista.

“Dá sim (para fazer os gols), com certeza. Se a gente não confiar na gente mesmo, né? Os jogos eu estou jogando e já fiz um gol. Eu farei meu máximo. Eu não sou fominha, claro que a equipe toda tem que ganhar, mas se tiver que fazer os gols, vou fazer para poder ficar”.

Direto, sincero e sempre com uma dose de bom-humor, Deyverson reconheceu que seu desejo em ficar no Getafe tem relação com a maneira em que deixou o Palmeiras.

Sinto que perdi espaço lá. Tenho grande respeito e carinho por todos os jogadores de lá, desde já quero mandar abraço para eles, mas sinto que meu vínculo lá, pelo fato deles terem me emprestado, sinto que está se encerrando. Jogador quando é emprestado é porque está se encerrando o vínculo com o clube.

“Mas, nunca se sabe. Quem sabe eu não volto para marcar outro gol de título. Eu estava esquecido lá, o Felipão chegou, eu joguei e fiz gol em quase todos os jogos. Quem diria? (risos)”.

Deyverson não conhece Vanderlei Luxemburgo e também condicionou seu eventual retorno ao Palmeiras a uma conversa em particular com o atual treinador da equipe paulista.

Primeiro tenho que saber se o treinador conta comigo, se o Luxemburgo me quer. Se eu tiver que voltar, espero que o Luxemburgo esteja consciente se vai contar comigo ou não. Peço para ele ser o mais sincero. Nunca tive o privilégio de jogar com ele, conheço ele pelo meu pai falar. Ele jogou também, né? A melhor coisa é ser sincero, mesmo que seja para fazer sorrir ou para chorar. Se eu voltar, espero que ele venha falar comigo. Deixo nas mãos de Deus.

Com a camisa do Palmeiras, Deyverson acumulou polêmicas, mas foi peça fundamental no título do Campeonato Brasileiro de 2018. Desde julho de 2017, quando foi contratado por 5 milhões de euros, aproximadamente R$ 19 milhões, na cotação da época, o centroavante participou de 120 partidas e marcou 24 gols.

Antes de chegar ao Getafe, Deyverson já havia defendido Alavés e Levante na Espanha.

27 abr 2020, às 00h00.

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