Cuca diz que veio ao Santos pela metade do salário e projeta “casa em ordem” em duas semanas

Cuca é mais que um técnico no Santos. Aos 57 anos e na terceira passagem pelo Peixe, ele tenta ajudar o clube muito além dos treinamentos.

Cuca participou do acordo com Eduardo Sasha e decidiu reintegrar Everson. Alinhado com a diretoria, ele projeta a “casa em ordem” em até duas semanas.

Arrumar a casa significa pagar dívidas ao elenco e fazer acordo com o Hamburgo, da Alemanha, para ser desbloqueado na Fifa e poder contratar. O débito por Cleber Reis beira os R$ 30 milhões.

“A prioridade não é contratar, é colocar em ordem as coisas internamente. Não adianta trazer dois ou três e não arrumar aqui. Estou com a gurizada, sabia que trabalharia com os meninos. Perdemos um clássico sem jogar mal, poderíamos ter empatado. Com trabalho vamos recuperar. Temos que pensar no que a gente tem, arrumar aqui dentro, e depois podemos fortalecer mais o elenco pela quantidade de jogos e competições importantes. Sabemos que precisamos de elenco grande para aguentar a batida”, disse Cuca.

O treinador revelou que aceitou metade do salário de 2018. E que toparia ainda menos.

“Não vim pela questão financeira, vim pela metade do que eu ganhava da outra vez. Se oferecessem menos, viria também. Sabia da questão financeira e não vou me queixar, eu sabia disso. Quero que dentro dessa passagem a gente tenha divergências, mas sendo transparente em tudo. Estou sendo em tudo com o presidente quando podemos conversar e Pedro (Doria) e Matheus (Rodrigues) (membros do Comitê de Gestão). Estamos sempre juntos e sanando coisas. Ida do Sasha foi um trabalho e equilibramos coisas atrasadas, bichos. Jogador fica contente. Daqui a pouco entra outra verba dos direitos dos clubes e sana. Temos que fazer primeiro esse dever, por isso que jogador confia em mim e nos diretores. Se sanarmos o atraso e colocar a casa em ordem, podemos reforçar. Dentro da realidade também. Maior reforço é o jogador estar feliz da vida, representando o clube e recebendo em dia. Isso é a coisa mais importante. Pessoal está correndo atrás”, afirmou, antes de lembrar de críticas à administração há dois anos.

“Eu não falei errado, mas falei na hora errada, da raiva pela eliminação na Libertadores. E vi muita melhora aqui dentro. Tem um cara que trabalha todo dia e aparece pouco, o Jorge Andrade (agora diretor de futebol). Fuça, vai atrás. O Matheus, o Doria… Dão a cara à tapa, procuram soluções. O presidente sempre junto. Coisas evoluíram bem. Coisas estão caminhando para o Santos dar apaziguada geral em problemas. Tenho muita esperança em umas duas semanas colocarmos casa toda em ordem, todo mundo ficar feliz da vida e explorar todo o potencial de cada um. Estão sendo competentes, mas podemos melhorar”, concluiu.

27 ago 2020, às 18h11. Atualizado às 18h30.
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