Crespo liga alerta, mas diz: “Brasileiro é uma maratona, não uma corrida de 100 metros”
O técnico Hernán Crespo ligou o alerta no São Paulo após mais uma derrota neste início de Campeonato Brasileiro. Passado o revés para o Atlético-MG, por 1 a 0, no Mineirão, o comandante tricolor garantiu que não está tão preocupado por causa dos resultados conquistados, mas que é preciso melhorar o desempenho para figurar entre os primeiros colocados do torneio.
“Não estou preocupado, mas nos preocupamos em melhorar sempre, independentemente do resultado. Sempre queremos ver um São Paulo melhor, mas os rivais jogam, as situações são diferentes. Precisamos nos adaptar melhor. O Brasileiro é muito difícil, mas é uma maratona, não uma corrida de 100 metros. Então, temos tempo. Sabemos que perdemos pontos durante essas três rodadas, mas temos tempo para recuperar”, disse Crespo.
Nos três primeiros jogos pelo Brasileirão, o São Paulo empatou um e perdeu os outros dois. E o desempenho poderia ser pior, já que em sua estreia no campeonato, contra o Fluminense, no Morumbi, o adversário poderia ter vencido não fosse o pênalti desperdiçado por Nenê, após catimba do zagueiro Miranda.
Com mais um resultado negativo, o São Paulo figura à beira da zona de rebaixamento e precisa somar três pontos urgentemente na próxima quarta-feira, contra a Chapecoense, no Morumbi, para não deixar seus principais concorrentes se distanciarem nas primeiras colocações.
Apesar da vitória atleticana, o técnico Crespo aproveitou a oportunidade para ressaltar a falta de imposição dos donos da casa ao longo dos 90 minutos. Deixando o São Paulo jogar, o Galo apostou no contra-ataque e, após abrir o placar, se fechou para não correr riscos de sofrer o empate ou a virada.
“O rival joga, jogou um futebol em que conseguiu o gol, a diferença que bastava, defendeu muito bem, fechou espaços, tentou jogar no contra-ataque. Defenderam com suas ferramentas, que são respeitáveis. Tentamos com mudanças, de todos os modos, mas estou curioso para saber o tempo que se jogou no segundo tempo, porque tivemos muitas intervenções durante o jogo, e é difícil quando o time precisa de um jogo dinâmico”, comentou o técnico do São Paulo.
“Mas, ao mesmo tempo, digo que temos que aprender, sabemos que isso acontece. Estou aprendendo isso no Brasil. Temos que jogar com nossas ferramentas, não com o relógio. Mas, aceitamos, faz parte do jogo”, concluiu.
