Corinthians engrena no Brasileirão com time “bom e barato”

O Corinthians está sentindo, hoje, o efeito prático de ter conseguido encontrar, no mercado, em momentos diferentes, jogadores em situações favoráveis para uma transferência de custo baixo.

Dos 11 titulares de Vagner Mancini na última partida da equipe, contra o Goiás, apenas Bruno Méndez e Ramiro foram retirados de seus ex-times por meio de transações financeiras que envolveram os clubes.

Pelo zagueiro, o Corinthians se comprometeu a pagar 3,5 milhões de dólares, cerca de R$ 13 milhões na cotação da época, ao Montevideo Wanderers.

Para trazer o volante, o Corinthians registrou em seu balancete um investimento, que ao fim, será de R$ 19,6 milhões.

Cássio, Fagner, Gil, Fábio Santos, Gabriel, Mosquito, Otero, Cazares e Jô, ou seja, todos os outros atletas que começaram o embate de segunda-feira pelo Campeonato Brasileiro, assinaram com o Timão depois de conseguirem liberação de seus antigos vínculos contratuais ou, inicialmente, por empréstimos gratuitos.

Obviamente, em todos estes casos, as negociações aconteceram diretamente com jogadores e empresários.

Alguns se tornaram reforços sem qualquer compensação financeira, como as situações mais recentes junto ao trio que deixou o Atlético-MG: Cazares, Otero e Fábio Santos.

Outras aquisições foram possíveis por meio de pagamento de ‘luvas’, uma espécie de prêmio pela assinatura, caso de Gabriel, por exemplo, que gerou um investimento de aproximadamente R$ 4 milhões em 2017.

As despesas com luvas, no entanto, são comuns em praticamente todos os negócios, até mesmo na hora de acertar renovações com atletas que já defendem a equipe, e normalmente são valores diluídos no salário.

Portanto, se considerarmos apenas os investimentos feitos para tirar Bruno Méndez do Wanderers e Ramiro do Grêmio, ambos jogadores que tinham contratos em vigência, e não estavam e nem seriam liberados quando foram procurados, o Corinthians comprometeu R$ 32,6 milhões.

O montante equivale a uma média de R$ 2,9 milhões para cada um dos 11 titulares de Mancini contra o Goiás.

Mesmo que as luvas garantidas à época das contratações de Cássio, Fagner, Gil, Gabriel e Mosquito sejam somadas, é possível dizer que o Corinthians entrou em campo pela última vez, na Neo Química Arena, com um time bom e barato.

Tudo isso comandado por uma comissão técnica que também chegou há pouco tempo e sem a necessidade do Corinthians desembolsar qualquer quantia, pois Vagner Mancini não tinha multa rescisória prevista em seu acordo com o Atlético-GO.

23 dez 2020, às 08h00. Atualizado em: 24 dez 2020 às 00h00.
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