Um dos principais jogadores brasileiros que atuam no futebol chinês é Markão. O atacante vem se destacando pelo Hebei Fortune, e só na atual temporada já são 11 gols em 15 jogos. Em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, o atleta contou sobre a vida na China, revelou que gosta do anonimato no Brasil e que, na verdade, sempre teve o sonho de ser jogador de basquete.

No começo da entrevista, Markão falou mais sobre a chegada ao continente asiático. Formado pelo Ituano e com passagem pelo Bragantino, o jogador deixou o Brasil com apenas 23 anos rumo à Coréia do Sul. Por lá, foram dois anos de muito destaque, com 47 gols em 57 jogos. Logo chamou a atenção da China, e optou por mudar de ares. O atleta comparou o esporte nos dois países e contou qual foi a maior dificuldade nesta troca.

“No estilo de jogo da Coréia, o time não depende só de você. Aqui na China, o time depende dos estrangeiros para decidir as partidas. Na Coréia não. Essa foi minha dificuldade. Lá eu estava acostumado a dividir responsabilidade. Quando cheguei na China, todos os estrangeiros têm uma responsabilidade muito grande. Porque você sabe que se não fizer uma boa partida, o time não vai tão bem”.

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Em relação ao nível do futebol chinês, o artilheiro não esconde a discrepância entre o Brasil e o país asiático. Além do nível técnico, o jogador considera que há uma certa inocência por parte dos chineses, que faz com que os estrangeiros se destaquem na liga.

“É muito diferente. No Brasil, o nível técnico é muito melhor que o da China. Quando a gente joga aqui, eles têm um pouco mais de medo. Sabe quando você joga com uma criança? Ela é um pouco mais inocente. A gente por ser brasileiro, já é um pouco mais esperto, eles são um pouco inocentes. Eles têm um pouco mais de medo de arriscar. A gente domina a bola fora da área e quer chutar pro gol, eles não. Eles pensam se tem a possibilidade de um passe e em último caso chutam. Eles demoram um pouquinho, porque pensam primeiro em tocar na área”.

Um dos assuntos abordados foi em relação a seleções. O atleta contou que recebeu o convite para trocar de nacionalidade e defender a Coréia do Sul na Copa do Mundo, algo que seria inédito na história do país. Markão disse que se sentiria honrado, mas optou por se transferir para a China. E quando falou sobre esta oportunidade, o jogador revelou que não tem vontade de ser reconhecido mundialmente pela profissão que exerce. E explicou.

“Eu sou um cara muito discreto. Na minha carreira no futebol, eu sempre sonhei em jogar em alto nível, mas sem ser reconhecido. Jogar em clubes bons, mas que não tenham tanta visibilidade. Então o fato de eu ficar na Coréia, jogar uma Copa do Mundo, seria o maior prazer. Só que não era uma coisa que eu sempre sonhei”.

Foto: Reprodução/Instagram

Jogar futebol profissionalmente é um sonho de grande parte dos brasileiros. E Markão, que vive esta realidade, embora tenha um sonho bem diferente. Se pudesse, estaria brilhando nas quadras da NBA. E leva o futebol como uma profissão, apenas. Segundo o atleta, a vida no basquete poderia ter dado certo, se considera melhor no esporte que ama do que no escolhido para ganhar a vida. O grande jogador explica que boa parte de sua mobilidade vem desta outra modalidade.

“Meu sonho sempre foi o basquete. Eu jogo futebol porque é minha profissão, meu trabalho. Agora se você perguntar se eu amo, não amo. O que eu amo mesmo é jogar basquete. Eu sempre achei que no basquete eu era melhor do que no futebol. Porque eu era armador, tinha bons chutes de longa distância, boa média de pontuação. A minha mobilidade no futebol, vem através do basquete”.

20 out 2020, às 10h00. Atualizado às 10h15.

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