Amanda Nunes visita time de base do futebol feminino: 'Acreditem em seus sonhos'

De passagem pelo Brasil, Amanda Nunes, campeã dos pesos pena e galo do UFC, visitou o Centro Olímpico de São Paulo e teve a oportunidade de relembrar um sonho de infância: ser jogadora de futebol. A lutadora, que garantiu o feito de ser a primeira mulher com dois títulos da organização, jogou bola com as garotas das categorias sub-11 e sub-15 do local.

Antes de entrar em campo para participar das atividades das categorias de base, a “Leoa”, como é conhecida, aproveitou para compartilhar a sua história com as jovens. “Assim como vocês, eu também comecei a minha carreira no esporte pelo futebol. Eu cresci jogando futebol e pensei que seria jogadora. Eu realmente acreditava nisso. Mas a vida me mostrou outros caminhos e depois de conhecer o jiu-jítsu acabei indo por um caminho totalmente diferente”, contou Amanda.

Sob os olhares atentos de garotas de 11 a 15 anos, Amanda aproveitou o momento para incentivar a nova geração. “Quero contar para vocês que depois de entrar no jiu-jítsu eu conheci outras modalidades, como o wrestling e o judô, e me formei uma lutadora de MMA. Tudo isso aconteceu porque eu acreditei totalmente no meu sonho. Eu queria ser a melhor sem passar por cima de ninguém, mas fazendo o meu trabalho e acreditando no meu sonho. Hoje, colho os frutos disso”, disse a campeã.

A lutadora carregava junto com ela os cinturões do UFC, ambos protegidos por uma capa, que quando foram retiradas surpreenderam todas as crianças. “Nossa!”, era a única palavra que a maioria das jogadoras conseguia falar ao ver de perto o símbolo das conquistas de Amanda no octógono.

Para euforia das atletas, todas puderam segurar os símbolos dos títulos do UFC e tirar fotos ao lado da lutadora. “O cinturão é muito bonito e pesado. Eu peguei ele e até coloquei na minha cintura”, disse Maria Eduarda dos Santos, de 12 anos.

Para ela, a presença de Amanda durante o treinamento da equipe gera visibilidade para as garotas que não costumam receber a imprensa em seus jogos ou treinos. “Eu estou feliz. Vejo lutas do UFC, mas não conhecia a Amanda Nunes. Além de ter essa oportunidade ela acaba trazendo uma visibilidade para a gente, né? É uma famosa vindo aqui. Achei a Amanda muito humilde e é tão legal a história dela. Ela também começou no futebol. Eu percebi que se não der certo aqui, eu posso ir para outros esportes como ela fez. Ela mostrou isso para todo mundo”, completou a jovem.

Quem compartilha do mesmo pensamento de Maria Eduarda é o supervisor de equipe Cézar Latanze. “É importante essa visibilidade para o futebol feminino porque a nossa base não é valorizada. Você pouco vê a mídia ou patrocinadores se envolvendo com o futebol feminino. A presença de uma campeã mundial, mesmo que seja de outra modalidade, é importante para elas verem que as opções não estão restritas apenas ao futebol. Além disso, é importante saber que uma atleta de outra modalidade conhece o nosso projeto. Nós sabemos que estamos atingindo as pessoas”, contou.

Em uma roda no meio de um campo com gramado sintético, Amanda arriscou alguns passes de bola com a equipe. As garotas, que passaram metade do treinamento ao lado da lutadora, aproveitaram parar exibir habilidade e muitas delas se arriscaram até nas embaixadinhas para surpreender a convidada especial.

Amanda chegou no Brasil no último domingo e retornou para os Estados Unidos, onde tem residência fixa, na quarta-feira. Agora, ela se prepara para colocar em jogo o seu cinturão da categoria dos galos contra a holandesa Germaine de Randamie, em 14 de dezembro, no UFC 245, em Las Vegas.

10 out 2019, às 00h00.

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