Afastado, Cleber Reis desabafa: “O Santos me tratou como um torcedor”
Afastado do elenco profissional do Santos, Cleber Reis desabafou. O zagueiro acredita que o imbróglio do Peixe com o Hamburgo (ALE) atrapalhou a sua história no clube.
Cleber foi contratado em 2017 pelo ex-presidente Modesto Roma e a dívida de R$ 7,3 milhões passou para José Carlos Peres e só foi resolvida por Orlando Rollo e Andres Rueda no fim de 2020, por quase o triplo: cerca de R$ 20 mi. O débito fez o Alvinegro ser proibido de registrar jogadores.
“Mudou (a visão do torcedor sobre ele). Achavam que eu era o culpado, me xingavam, falavam um monte de coisas para mim. Nem respondia as mensagens. É de clube para clube. Não tem nada a ver comigo. Isso me prejudicou e me prejudica até hoje”, disse Cleber, em entrevista ao GE.
“Infelizmente não foi o que eu esperava. Desde que cheguei no Santos, me falaram uma coisa e quando cheguei foi outra. Não sei onde errei, o que eu fiz ou qual palavra que falei que ninguém gostou. Sempre todos os treinadores chegam com má impressão minha. O Santos acabou me frustrando muito. Mas tenho fé que vou conseguir recuperar meu espaço e receber oportunidades para mostrar meu trabalho”, completou.
Aos 30 anos, Cleber Reis voltou ao Santos após empréstimo à Ponte Preta, onde só jogou cinco vezes. Desde 2016, também passou por Oeste, Coritiba e Paraná.
O atleta agora treina em horários separados junto ao lado de outros fora dos planos, como Rodrigão. Mas ainda sonha com uma chance.
“O Santos me tratou como um torcedor. O clube não pode julgar um atleta e desvalorizar desse jeito. Acho que deveriam ter um pouco mais de respeito e consideração por mim, mas se não tiveram eu tenho que lutar, buscar meu espaço e mostrar que tenho valor. Com o Santos ou sem o Santos. A gente fica triste, mas não vou ficar murmurando”, afirmou.
“As pessoas ficam falando em rescindir contrato e isso frustra o jogador. Não dão valor para ninguém. Isso já vem de berço no Santos. Não dá muito valor para quem eles contratam. Você chega no Santos para tampar caixão, porque o foco do Santos é a base. Não está errado, mas contratar e não dar o auxílio que o jogador precisa fica difícil”, emendou.
Mesmo assim, Cleber Reis não fala em processar o Santos na Justiça do Trabalho. O contrato termina em 30 de janeiro de 2022.
“O Santos me paga certinho. Jamais vou querer acionar o Santos na Justiça. Ali tem pessoas que trabalham, que têm família. Tenho muito caráter. Não tenho essa índole para isso”, concluiu.
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