Premiação

Com direito a troféus e uma viagem técnica aos Estados Unidos em 2021, extensiva aos profissionais da cooperativa que lhes prestaram orientação especializada, os cooperados vencedores concorreram em duas categorias: Geral (primeiro e segundo lugares) e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta-ILPF (primeiro lugar).

Melhorando sempre

Apresentando a média de 100,4 sacas por hectare (243 no equivalente em alqueire), o primeiro lugar na categoria Geral ficou com o casal Tiezo e Keiko Suguiura, de Apucarana, norte do estado, assistido pelo engenheiro agrônomo José Henrique Seko, da Cocamar. Segundo Tiezo, a conquista é fruto de um trabalho permanente de melhorias e boas práticas, “utilizando as tecnologias recomendadas pelo agrônomo da cooperativa”. “Investimos para ampliar a cada ano as nossas médias de produtividade”, comentou Keiko.

Acreditando sempre

O segundo colocado foi o produtor Paulo Alexandre Gonçalves Piassa, cuja propriedade fica em Tuneiras do Oeste, município próximo a Cianorte, uma região de solos em transição, no noroeste. Sua média foi de 90,4 sacas por hectare (219 na equivalência em alqueire). “Eu sempre tive a convicção de que poderia alcançar boas produtividades em minha região e os resultados mostram isso”, disse Paulo, que recebe a orientação técnica do engenheiro agrônomo Vagner Decleva, da unidade de Cianorte. Paulo ficou pelo segundo ano seguido entre os dois primeiros lugares na categoria Geral.

Areião e modernidade

Na categoria ILPF, César Vellini e seu filho, o engenheiro agrônomo Vítor, conquistaram a primeira colocação pela segunda vez. A média deles foi de 73,9 sacas por hectare (179/alqueire) na propriedade em Jardim Olinda, extremo noroeste, onde eles são orientados pelo engenheiro agrônomo Jorge Vecchi, da unidade da Cocamar em Paranacity. “Fazemos integração há mais de 20 anos e, inicialmente, a soja entrou para melhorar a qualidade dos pastos, pois o nosso foco era apenas a pecuária. Hoje, a soja é indispensável no nosso negócio”, assinalou César. Situada numa região de solo bastante arenoso e clima quente, a Fazenda Flor Roxa é uma das principais referências em ILPF no Paraná, apresentando ano após ano uma alta produtividade de soja e um sistema de gestão moderno, que inclui agricultura de precisão.

Irem além

“A ideia do concurso, quando foi idealizado há 9 anos, era motivar os produtores a acreditar que poderiam ir muito além do que vinham produzindo”, afirmou em entrevista por vídeo, ao jornalista Sérgio Mendes, o professor Antonio Luiz Fancelli, professor/doutor em nutrição de plantas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) e que por vários anos foi consultor da Cocamar.

Desafio

“Quando lançamos o concurso, desafiando nossos cooperados a produzirem 100 sacas de soja por hectare, muitos achavam que não seria possível ir tão longe”, enfatizou o presidente executivo da Cocamar, Divanir Higino. Hoje, segundo ele, um grupo cada vez maior de produtores associados da cooperativa já semeia a safra pensando em alcançar essa marca, pois vislumbram o grande potencial apresentado pela cultura.
 

“Aumentar a produtividade é questão de sobrevivência”, resumiu o presidente do Conselho de Administração, Luiz Lourenço, explicando que os preços internacionais da oleaginosa vêm caindo em termos reais nas últimas décadas, ao mesmo tempo em que os custos nunca param de subir.

“Incorporar tecnologias é a única forma de os produtores evoluírem”, afirmou, lembrando que há mais de 20 anos a Cocamar tem incentivado a integração em solos arenosos do noroeste paranaense, algo que, no início, nem todos acreditavam que pudesse dar certo.

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18 ago 2020, às 16h23. Atualizado em: 23 out 2020 às 14h25.
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