Por David DeKok

HARRISBURG, EUA (Reuters) – A Suprema Corte do Estado norte-americano da Pensilvânia ouvirá nesta terça-feira uma apelação com dois argumentos contra a condenação de Bill Cosby por agressão sexual em 2018, e os advogados do artista caído em desgraça pedirão aos juízes que lhe concedam um novo julgamento ou descartem o caso.

Os advogados de Cosby atribuem a condenação em parte ao fervor nacional desencadeado em 2018 pelo movimento #MeToo, que buscou responsabilizar homens poderosos por agressões sexuais impunes. Cosby foi a primeira celebridade condenada por abuso sexual desde o início do movimento.

“O sistema de justiça criminal americano foi concebido para condenar réus com base em sua conduta –não em seu caráter geral”, argumentam os advogados de Cosby em seu resumo. “O fervor do movimento #MeToo tornou este princípio constitucional tão prezado obsoleto no julgamento de Cosby.”

Cosby, comediante e ator conhecido sobretudo como o pai adorável da bem-sucedida série de televisão dos anos 1980 “The Cosby Show”, foi condenado por três acusações de agressão indecente qualificada depois de drogar uma ex-amiga, Andrea Constand, em janeiro de 2004 em sua mansão em um subúrbio da Filadélfia.

À época, Constand era diretora de operações do time feminino de basquete da Universidade Temple. Cosby está cumprindo uma pena de três a dez anos em uma prisão estadual perto da Filadélfia.

Uma abordagem da apelação de Cosby ataca a decisão do juiz do condado de Montgomery, Steven O’Neill, de permitir depoimentos de cinco testemunhas de “ato ruim anterior” no julgamento.

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1 dez 2020, às 09h48. Atualizado às 09h50.
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