Por Michael Holden

LONDRES (Reuters) – A rainha Elizabeth realizou nesta quinta-feira seu primeiro grande compromisso desde um lockdown imposto em março para conter o coronavírus, visitando o centro de pesquisa militar de Porton Down, envolvido na investigação de um ataque com o agente neurotóxico Novichok em 2018.

A monarca de 94 anos, que passou o confinamento nacional da do Reino Unido no Castelo de Windsor, cumpriu suas funções oficiais remotamente por vídeo ou telefone, ou em seu palácio, desde que as restrições sociais foram introduzidas. Em sua primeira apresentação pública, ela foi acompanhada por seu neto príncipe William.

O sigiloso Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa, em Porton Down, no sudoeste da Inglaterra, identificou a substância neurotóxica usada para atacar o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha, Yulia Skripal, na cidade de Salisbury, há dois anos.

O Reino Unido acusou dois agentes russos apoiados por Moscou de realizar o ataque, uma acusação rejeitada pelo Kremlin.

Durante a viagem, os integrantes da monarquia britânica deveriam se encontrar com a equipe de Porton Down e outros militares que estavam envolvidos na operação e com cientistas que estão ajudando na resposta à pandemia Covid-19.

O objetivo formal da viagem era abrir o novo Centro de Análise Energética do laboratório, onde a rainha e o príncipe farão uma demonstração de uma investigação forense de explosivos.

Desde a década de 1960, Porton Down tem se concentrado no desenvolvimento de contramedidas e tecnologia de defesa e segurança, embora sua estrutura secreta sempre tenha gerado especulações sobre suas atividades.

“Nenhum alienígena, vivo ou morto, jamais foi levado para Porton Down”, diz o site do governo.

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15 out 2020, às 09h12. Atualizado às 09h15.
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