Por Irene Wang

TÓQUIO (Reuters) – Houve um tempo em que Koshiro Minamoto torcia para dar as boas-vindas a turistas estrangeiros da Olimpíada apresentando-os às artes dos samurais em uma sala de aula no centro de Tóquio.

Mas quando o comitê organizador da Tóquio-2020 decidiu, no ano passado, que os Jogos seriam adiados, e no mês passado que serão realizados sem espectadores do exterior, ele foi forçado a descartar os planos.

Minamoto, que estuda artes marciais há 35 anos, é conhecido pela invenção da Bugaku, ou “dança do guerreiro”, um tipo único de arte performática que combina os estilos do uso de espada samurai com as canções e danças do drama clássico japonês.

Ele ensina Bugaku a turistas estrangeiros há 10 anos, e também inicia os alunos nos aspectos do estilo de vida samurai, como a armadura que costumavam usar.

Minamoto esperava que seu negócio prosperasse durante a Olimpíada de Tóquio, e gastou cerca de 45 mil dólares em equipamento e reformas de sua escola em 2019, preparando-se para uma enxurrada de estrangeiros.

Mas ele encontrou uma nova maneira de alcançar alunos de todo o globo: aulas virtuais.

Segurando uma espada samurai “katana” com a mão direita e um iPad com a esquerda, Minamoto agora mostra as artes dos samurais aos pupilos em videochamadas do aplicativo Zoom.

Ele cobra o equivalente a 85 dólares por aluno para aulas presenciais e 18 dólares pela versão digital. A maioria dos alunos é da Europa e dos Estados Unidos.

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6 abr 2021, às 11h57. Atualizado às 12h00.
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