LONDRES (Reuters) – O príncipe britânico Harry disse que precisou de anos para perceber que o preconceito racial inconsciente existe e que se conscientizou ao se colocar no lugar da esposa, Meghan.

O príncipe fez a declaração durante uma conversa sobre racismo com Patrick Hutchinson, ativista negro fotografado pela Reuters carregando um homem branco para protegê-lo durante um confronto entre manifestantes antirracismo e oponentes de extrema-direita em Londres em junho.

Harry disse a Hutchinson que o viu como um “anjo da guarda” protegendo todos na manifestação. Os dois homens disseram que ainda há trabalho a ser feito para derrotar a discriminação de todos os tipos.

“O preconceito inconsciente, segundo meu entendimento, com a criação e a educação que tive, eu não fazia ideia do que era. Não fazia ideia de que existisse”, disse Harry durante a conversa virtual, gravada na semana passada para uma matéria de destaque da revista GQ.

“E depois, por mais triste que seja dizê-lo, levei muitos, muitos anos para percebê-lo, especialmente passando um dia ou uma semana no lugar de minha esposa”, acrescentou o príncipe.

O pai de Meghan é branco, e sua mãe é afro-norte-americana.

Harry e Meghan, o duque e a duquesa de Sussex, se pronunciaram várias vezes sobre questões raciais desde que abdicaram de suas ocupações como membros da realeza, no final de março, e se mudaram para o Estado norte-americano da Califórnia.

Hutchinson, de 50 anos, disse a Harry que esteve em um protesto anterior no qual uma policial foi ferida, por isso ele e alguns amigos decidiram ir novamente para ver se podiam ajudar a manter a ordem.

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26 out 2020, às 14h42. Atualizado às 14h45.
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