por TOMMO

Pela primeira vez o Brasil vai receber o Harry Potter In Concert. O projeto, uma série de musicias baseados nos livros de J. K. Rowling será apresentado em uma arena para 4 mil pessoas no estacionamento do Shopping Eldorado, em São Paulo, de 8 a 11 de março.

O espetáculo, uma parceria entre a produtora 4i, Warner e Film Concert Series, está previsto para ser dividido em oito anos, acompanhado assim a sequência das histórias escritas pela britânica.

O capítulo que será apresentado em 2018 é a Pedra Filosofal, história que introduz os fãs às aulas de bruxaria de Hogwarts. Nesse formato, a música de John Williams ganha mais destaque e uma orquestra acompanha o filme sendo projetado em uma tela de cinema.

Segundo Davi Tiozi, que trouxe o projeto para o Brasil, tudo que envolve o musical é grandioso.

O investimento aplicado na apresentação, estrututura e na exposição Casa dos Bruxos, que fica ao lado da arena móvel, chegou à casa dos R$ 3 milhões.

Também foram contratados 80 músicos para o show. A ideia do produtor foi reunir instrumentistas que tivessem conhecimento das histórias. Por isso, ele não optou por uma orquestra formada.

— É um desafio, já que ninguém havia tocado junto antes. Mas eu queria trabalhar com pessoas conhecessem o livro ou o filme. Só trabalharemos com mão de obra estrangeira na parte técnica e com o maestro.

Inicialmente, apenas São Paulo deve receber o musical. Mas Davi já negocia com outras cidades para que o Harry Potter In Concert passe a ser um show itinerante.

— Estudamos agora a viabilidade econômica e demanda por algo desse estilo em outras praças. Mas não devemos parar por aqui. Os convites já surgiram e propostas de parceria também.

Casa dos Bruxos

Ao lado do show, os fãs podem desde o fim de janeiro visitar a Casa dos Bruxos. O projeto, que não é uma atração licenciada, tem objetos e ambientes que fazem alusão à bruxaria pop de Harry Potter.

Lá dentro, show de magia, vendas de itens relacionados ao universo do personagem, cosplay de Harry e Hermione e até mesmo corujas vivas fazem parte do roteiro.

Aliás, a escolha por trabalhar com animais de verdade pode não parecer, mas tem relação com o sucesso da franquia em nível mundial nas duas últimas décadas.

Segundo o treinador de animais Wagner Ávila, responsável pelo espaço, com a popularização dos livros e filmes, pessoas no mundo todo tiveram interesse em comprar corujas para domesticar.

No entanto, por não ser nada interativo e ter hábitos selvagens, o animal teve rejeição dos donos e passou a ser abandonado. O trabalho de Wagner é conscientizar o público sobre isso, além de mostrar de perto a beleza de espécies brasileiras.

— As pessoas que compraram corujas não tinham ideia de que são pássaros que se alimentam de roedores e começaram a mudar os hábitos deles por nojo ou medo. O resultado foram diversos problemas de saúde nos animais. Além disso, corujas não interagem como os papagaios. Isso frustrou muitas pessoas que adotaram os bichos apenas pela questão estética. Estou aqui para alertar sobre essa realidade também.

Quem for à exposição, pode sair de lá caracterizado como Harry Potter, inclusive adquirindo varinhas exclusivas produzidas com madeiras tipicamente brasileiras na Escola de Magia e Bruxaria, que foi apelidada carinhosamente de “Hogwarts brasileira”.

A dona do espaço, Vanessa Godoy, explica que a loja surgiu da ideia de adaptar para a cultura nacional as histórias que as crianças viam nos filmes de Hollywood e, assim, introduzir nosso folclore aos jovens.

— É uma fusão de Harry Potter com Brasil, o que gerou produtos únicos e exclusivos.

Harry é herói moderno

Poucos personagens se mantém em alta na cultura pop por tantos anos. Harry Potter é uma dessas exceções. Criado em 1997 pela escritora inglesa J.K. Rowling, o bruxinho há 21 anos continua popular entre o público infantil e mantem a fidelidade entre os adultos que cresceram consumindo filmes, livros, desenhos e produtos licenciados.

Traçada sob uma longa tradição na literatura infantil inglesa — o ambiente dos internatos — as histórias são pautadas em mitologia, lendas e mistério. Traduzido em mais de 60 países. Harry Potter é influenciador de uma série de filmes que se tornaram clássicos do cinema infantil, com diversos recordes batidos em bilheteria ao longo da história e ajudaram a lançar as carreiras de Emma Watson e Daniel Radcliffe.

Davi Tiozzi enxerga Harry como o mais bem-sucedido herói da era moderna. Para ele, o bruxinho pode ser comparado com os maiores personagens da DC e da Marvel no que diz respeito à popularidade e perenidade.

— Nada se igualou a ele nas últimas duas décadas. Temos um caso de sucesso inesperado que agradou completamente pais e filhos e gerou diversos frutos na cultura pop, como jogos, audiobooks e adaptações no teatro. Isso não acontece sempre. E nem sempre que acontece dura tanto.

Do R7

5 mar 2018, às 10h14.

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