Por Cheryl Lu-Lien Tan

NOVA YORK (Reuters) – Deborah Borda, de 71 anos, está acostumada a fazer história. Ela se tornou a primeira mulher a comandar uma grande orquestra norte-americana quando foi nomeada diretora-executiva da Filarmônica de Nova York em 1991. Seu currículo está repleto de postos importantes na Filarmônica de Los Angeles, na Orquestra de Câmara de Saint Paul e na Orquestra Sinfônica de Detroit.

Ex-violista profissional, Borda classificou os meses de pandemia como “a maior crise isolada” que a Filarmônica de Nova York enfrentou em seus 178 anos de existência –a orquestra cancelou a temporada 2020/2021 e prevê uma perda de renda de ingressos de 20 milhões de dólares.

Em uma entrevista à Reuters, ela disse que o maior desafio de sua vida profissional é o equilíbrio.

“Administrar estas instituições emblemáticas de larga escala é mais um estilo de vida do que um emprego normal. Essencialmente, você está à disposição 24 horas dos sete dias da semana, porque nas artes de palco as coisas acontecem dia e noite. Você pode ter um solista doente, um problema financeiro ou uma dificuldade de turnê”.

“Como lido com isso? Simplesmente tento aproveitar”.

Quando indagada sobre o melhor conselho que já recebeu, ela respondeu: “Sempre seja honesto. É como tento viver minha vida.”

“Minha vida mudou totalmente”, contou ela quando questionada como pensou ou fez as coisas de maneira diferente em 2020.

“Antes, às vezes eu só via minha para casa na hora de dormir. Mas agora estou trabalhando em casa, mantendo nossa equipe unida por meio de reuniões constantes no (aplicativo) Zoom, trabalhando duas vezes mais para me comunicar. Não tem fim.”

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23 out 2020, às 13h58. Atualizado às 14h00.
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