HONG KONG (Reuters) – O Museu 4 de Junho de Hong Kong, dedicado às vítimas da repressão a manifestantes pró-democracia dentro e nos arredores da Praça da Paz Celestial de Pequim em 1989, reabriu virtualmente nesta quarta-feira como “Museu 8964”, informou um grupo pró-democracia.

A Aliança de Hong Kong em Apoio a Movimentos Patrióticos Democráticos da China, os organizadores das vigílias anuais de 4 de Junho no pólo financeiro global, disseram que o lançamento foi feito com financiamento coletivo e organizado no exterior após uma “avaliação de risco político”.

Sua localização física em Hong Kong fechou em 2 de junho devido a uma investigação do Departamento de Alimentos e Higiene Ambiental sobre seu alvará.

Depois que Pequim colocou o pólo financeiro em uma trajetória autoritária impondo uma lei de segurança nacional abrangente no ano passado, saber se o museu ainda conseguirá funcionar é uma dúvida crescente.

“A repressão política se intensifica”, disse a aliança em um comunicado. “O Museu 4 de Julho está fechado atualmente, e a reabertura só será cogitada quando um método ou locação adequada for encontrado no futuro.”

O museu online opera independentemente da aliança, acrescentou o comunicado.

Hong Kong, ex-colônia britânica que voltou ao controle chinês em 1997 com a promessa de que suas liberdades amplas permaneceriam intactas, costuma realizar a maior vigília mundial do 4 de Junho para lembrar as vítimas da repressão. A China continental proíbe as homenagens e censura fortemente menções ao tema.

(Por Twinnie Siu)

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4 ago 2021, às 10h36. Atualizado às 10h40.
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